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Vontade excessiva de comer doce: o que pode indicar e como lidar?

Nutricionista dá dicas para driblar esse desejo

Balas, chocolates, chicletes, bolos. É difícil encontrar quem resista a essas guloseimas. Afinal, elas são incrivelmente deliciosas. De forma geral, a vontade de comer doce é completamente normal,porém, quando em excesso, ela pode indicar alguns problemas e até mesmo causar danos à saúde.

“O desejo excessivo de comer doces pode estar relacionado a vários fatores culturais, doenças orgânicas ou até problemas emocionais. Pessoas que são acostumadas a ingerir doces em excesso desde a infância, pela sua cultura alimentar, podem não perceber que excedem. Além disso, ele pode indicar diabetes. O indivíduo se alimenta e permanece com fome porque não tem insulina para colocar a glicose para dentro das células, o que gera mais vontade de comer doces e mais fome. Pessoas com tendência à compulsão alimentar, ansiedade e depressão também podem ter desejo excessivo por doces, porque ele gera uma certa saciedade e satisfação”, explica Nêuton Magalhães, neurologista e professor do curso de Medicina do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê).

EFEITOS DO DOCE NO CÉREBRO

Deu vontade de comer um chocolate? Foto: Reprodução/shutterstock

De acordo com o especialista, os doces ativam a área do prazer, satisfação e recompensa do cérebro, promovendo a sensação de bem-estar e o combate ao estresse. Sendo assim, esses alimentos podem ser utilizados como “válvulas de escape” para encarar situações de humor deprimido ou ansiedade.

O chocolate, por exemplo, contribui para a liberação de dopamina e serotonina, neurotransmissores que são chamados de “hormônios da felicidade”.

Considerando que os doces estimulam o circuito de recompensa do cérebro, a tendência é que o nosso corpo sinta cada vez mais vontade desses alimentos, e esse vício pode gerar alguns sintomas físicos, como dores de cabeça e exaustão.

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“Muitas vezes, estamos chateados com alguma coisa e pensamos em nos dar um prazer, seja comendo ou bebendo. O açúcar, assim como a bebida alcoólica, ativa regiões do cérebro de muito prazer e pode causar uma dependência”, acrescenta a Liliana Seger, psicóloga clínica com doutorado em Psicologia pelo Instituto de Psicologia da USP.

PROBLEMAS PARA A SAÚDE

Foto: Reprodução/Internet

Obesidade, diabetes tipo 2, cáries, doenças cardiovasculares, problemas circulatório e gordura no fígado estão entre os principais danos que o açúcar pode trazer para o funcionamento do organismo.

Além de todos esses prejuízos físicos, o consumo excessivo de doces também tem associação com problemas na saúde mental e no cérebro.

“Muito doce pode levar a picos e quedas do nível de açúcar no sangue e inflamação sistêmica que afeta seu humor. O resultado pode ser vários problemas de saúde mental, incluindo depressão, ansiedade, irritação e liberação de hormônios do estresse“, explica Patrícia Alves Soares Lara, nutricionista especialista em oxidologia e bioquímica celular.

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A psicóloga Liliana Seger completa que “ao comer esses alimentos, você tem uma melhora no humor, porém se você continuar fazendo isso cada vez mais, pode desenvolver o contrário e ocasionar o surgimento da depressão e de irritabilidade, por exemplo”.

3 DICAS PARA DRIBLAR O DESEJO DE COMER DOCE

Patrícia lista algumas táticas para lidar com a vontade excessiva de comer doce. É importante lembrar que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, o consumo diário de açúcar não pode ultrapassar mais do que 10% das calorias diárias.

Foto: Reprodução/Internet

1. Tenha um café da manhã sólido: Para se manter equilibrado durante o dia todo, evite o consumo de açúcar pela manhã. Uma sugestão é priorizar os alimentos ricos em proteínas nesse momento do dia, já que eles comprovadamente reduzem os desejos.

2. Planeje suas refeições com antecedência: Isso evita quedas do açúcar no sangue.

3. Tome bastante água: Quando estamos desidratados, sentimos mais fome. Por isso, é preciso ter uma ingesta hídrica adequada. Para deixar a sua água saborosa, você pode adicionar limão ou outras frutas.

Por: Juliany Rodrigues

Fonte: Nêuton Magalhães, neurologista e professor do curso de Medicina do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê)

Liliana Seger, psicóloga clínica com doutorado em Psicologia pelo Instituto de Psicologia da USP.

Patrícia Alves Soares Lara, nutricionista especialista em oxidologia e bioquímica celular

Transcrito: https://boaforma.abril.com.br/alimentacao/vontade-excessiva-de-comer-doce-o-que-pode-indicar-e-como-lidar/

 

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