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Veja a relação entre o câncer de mama, a menopausa precoce e o climatério

Tratamento pode ser uma das soluções para devolver a qualidade de vida e a autoestima de mulheres diagnosticadas com a doença

A menopausa, que geralmente acontece entre os 45 e 55 anos, é o período fisiológico que ocorre após a última menstruação da mulher.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é nessa faixa etária, principalmente a partir dos 50 anos, que as mulheres possuem um risco maior de desenvolver o câncer de mama, em razão do fato de que há um acúmulo de exposições ao longo da vida, além de alterações biológicas como, por exemplo, o envelhecimento.

A ginecologista e professora do núcleo de ginecologia e obstetrícia da Universidade Católica de Pelotas, Fabiane Gama, da Clínica Leger, do Rio de Janeiro, destaca a importância de ficar alerta e fazer exames anualmente, pois a causa do câncer de mama é multifatorial.

Menopausa: sintomas impactam o corpo todo, do cabelo e pele até os órgãos internos Foto: Reprodução/Internet 

“Algumas sociedades médicas preconizam a mamografia a partir dos 50 anos, onde se encontra o maior risco de desenvolver a doença. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indica que o exame seja feito já aos 40 anos, pois é nessa fase que temos um aumento gradativo de desenvolver o câncer por conta de fatores genéticos, principalmente alimentares, e a exposição a determinados hormônios durante a vida”, pontua a especialista.

A SBM mostra que a mamografia realizada em mulheres acima de 40 possibilita a redução em até 30% dos números de mortes provocadas pelo câncer de mama. Sabe-se que até 40% das mulheres que desenvolvem a doença antes do climatério apresentam sintomas de menopausa precoce em razão do tratamento.

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“Como há grande incidência da doença nas mamas nessa faixa etária, muitas delas têm sintomas precoces da menopausa, como ressecamento vaginal agravado, dor na relação sexual, perda de urina e infecções vaginais de repetição”, conta a Dra. Fabiane.

Os cremes para a região íntima são os mais utilizados pelas pacientes. Como elas não podem fazer reposição hormonal para amenizar os sintomas, o tratamento local com estímulo de colágeno é o mais indicado, já que recupera o tecido da vagina através da aplicação de CO2 fracionado na região”, completa a médica.

Foto: Reprodução/Internet 

A ginecologia regenerativa sugere o uso do laser como um agente capaz de promover a qualidade de vida para as mulheres, pois ele atua, especialmente, em uma condição que é apresentada pelas que utilizam medicações que inibem a produção do estrogênio: a atrofia vaginal.

Com a redução hormonal, o tecido da vagina perde boa parte da elasticidade, ficando mais fino e seco. Em alguns casos, a paciente pode manifestar o fechamento do canal vaginal em decorrência do tratamento”, destaca a ginecologista.

A terapia de reposição hormonal ajuda a lidar com os sintomas do climatério. Entretanto, segundo a médica, essa terapia pode não ser segura para aquelas que tiveram câncer de mama durante esse período ou entraram em uma menopausa precoce.

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O câncer de mama é uma doença hormônio-dependente em sua maioria. Por isso, a paciente precisa zerar a produção hormonal através de medicações para não piorar a patologia, isso faz com que ela entre em uma menopausa precoce abruptamente. Além disso, a terapia de reposição hormonal aumenta o risco de recidiva do câncer em pacientes que já tiveram a doença”, conclui a Dra. Fabiane Gama.

Por: Juliany Rodrigues

Fonte: Instituto Nacional do Câncer (INCA)

Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM)

Fabiane Gama, ginecologista e professora do núcleo de ginecologia e obstetrícia da Universidade Católica de Pelotas, da Clínica Leger, do Rio de Janeiro

Transcrito: https://boaforma.abril.com.br/equilibrio/cancer-mama-menopausa-climaterio/Menopausa: sintomas impac

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