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Vale a pena treinar em jejum?

Nutricionista Cris Perroni explica alguns protocolos do jejum intermitente e explica em quais tipos de treinamento ele pode ser experimentado e em quais não é indicado

Jejum intermitente não é um tipo de dieta, é uma estratégia dentro de algum programa alimentar. É uma forma de jejum programado e existem vários protocolos para restringir a ingestão alimentar por tempo. Os mais usuais são:

– 6 horas de Jejum e 8 horas de alimentação (mais tolerado por homens)

– 14 horas de jejum e 10 horas de alimentação

– Dias alternados (dia sim, dia não): um dia ingere apenas 25% das necessidades diárias (restrição de 75% das calorias) e no outro dia pode comer à vontade.

– Dieta 5:2: cinco dias consecutivos de dieta usual e dois dias de restrição energética, ingerindo entre 60 a 70% de calorias das necessidades diária.

Prática de jejum intermitente associada com treino é controversa — Foto:Reprodução/Internet

Jejum intermitente para atletas

– O jejum em treinos regenerativos, de curta duração e com intensidade leve a moderada.

– Mas não indicado em treinos com duração acima de 1 hora, treinos com inclinação ou altimetria e de alta intensidade.

Ainda assim, há quem adote para treinos de endurance e ultraendurance, ou seja, de longo tempo, distância e intensidade. A justificativa seria adaptar o corpo a utilizar com mais facilidade a gordura como fonte energética durante a prática esportiva, melhorando a composição corporal e usando um combustível mais abundante do nosso corpo. O jejum também aumentaria à sensibilidade à insulina.

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Mas se você busca desempenho durante a prática esportiva, não é indicada a realização do jejum intermitente em atividades como essas. Entenda:

1 – A alimentação pré-treino é importante para fornecer energia, nutrientes e suplementos específicos para a prática da modalidade esportiva;

2 – A alimentação intratreino retarda a fadiga e mantém o atleta por mais tempo na prática esportiva;

3 – Após o treino, precisamos repor os estoques de glicogênio e energia gasta e acelerar a recuperação muscular.

Estudos sobre jejum intermitente e esporte são ainda inconsistentes e controversos. Portanto, é preciso mais estudos de longo prazo.

Por: Cris Perroni -Rio de Janeiro

Fonte: Cris Perroni, Nutricionista formada pela UFRJ, pós-graduada em obesidade e emagrecimento, com especialização em nutrição clínica e em nutrição esportiva

Transcrito: https://ge.globo.com/eu-atleta/nutricao/post/2022/09/26/vale-a-pena-treinar-em-jejum.ghtml

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