Uma alface cheia de zinco
Projeto brasileiro conseguiu aumentar em cerca de 16 vezes o teor do mineral na alface-crespa
“Rainha das hortaliças.” É assim que a alface-crespa é definida pelo engenheiro-agrônomo Luis Felipe Villani Purquerio, do Instituto Agronômico de Campinas, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Ora, trata-se da folhosa preferida do brasileiro. De olho nisso, o pesquisador decidiu enriquecê-la com zinco, mineral perdido facilmente pelo corpo. “E ele é importantíssimo, sobretudo para a imunidade”, destaca Purquerio.
O expert investiu, então, em uma técnica de adubação especial. O resultado foi animador: apenas 50 gramas da alface (duas a três folhas) já ofertariam de 20 a 30% da recomendação diária de zinco.
Em pesquisa, uma adubação especial tornou a alface mais rica em zinco. Foto: Internet
“Mas, se a adubação for excessiva, pode queimar a planta”, pondera Purquerio. “Por isso, devemos validar o método antes de ensiná-lo ao produtor”, conta. Ele está testando a adição de bactérias benéficas ao processo, pois isso ajudaria a planta a absorver mais zinco sem exigir tanto adubo.
Onde tem zinco
Enquanto a alface turbinada não chega a feiras e supermercados, conheça alguns alimentos que trazem quantidades expressivas do mineral:
– Contrafilé grelhado (1 bife, 100 g)
5,1 mg de zinco
– Castanha de caju (1 punhado, 30 g)
1,7 mg de zinco
– Sardinha assada (3 unidades, 100 g)
1,8 mg de zinco
– Aveia em flocos (2 colheres de sopa, 30 g)
0,8 mg de zinco
– Leite integral (1 copo, 240 ml)
0,9 mg de zinco
Por: Thaís Manarini
Fonte: Luis Felipe Villani Purquerio, do Instituto Agronômico de Campinas, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Transcrito: https://saude.abril.com.br/alimentacao/uma-alface-cheia-de-zinco/