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Ultrassonografia das carótidas na prevenção do AVC

Exame é de grande importância no manejo da doença cerebrovascular, analisando o fluxo sanguíneo e apontando possíveis obstruções dos vasos. Recomendação é que homens e mulheres após os 30 anos devem incluir a ultrassom das carótidas em seu check-up anual

Dados do Ministério da Saúde apontam para um estado de alerta: a cada ano, no mundo, seis milhões de pessoas são acometidas pelo AVC; no Brasil, são registradas cerca de 100 mil mortes anualmente. Quando se fala em doença, a prevenção ainda é o melhor remédio, e com o acidente vascular cerebral (AVC) não seria diferente. Atualmente, a ultrassonografia com doppler colorido das carótidas tem conquistado espaço de destaque nessa área em virtude da sua capacidade de detecção precoce, quantificação e detalhamento da doença oclusiva.

“Um paciente adulto, menor de 65 anos, com espessamento de artéria maior que um milímetro, o risco de ele sofrer um AVC é bem maior. Com o estudo Dopplerfluxométrico das carótidas é possível observar com clareza se existe obstrução ou sinais de alerta para que o paciente seja devidamente acompanhado e instituído o tratamento assertivo”, afirma o radiologista Dr. Ricardo Maranhão Filho, da Lucilo Maranhão Diagnósticos. O Doppler ainda ajuda a detalhar a velocidade do fluxo sanguíneo, determinante para a verificação da existência de elementos obstrutivos das artérias, e também o sentido desse fluxo.

O procedimento é simples, indolor e não oferece riscos ao paciente, uma vez que a ultrassonografia utiliza “ondas de som” de alta frequência para gerar imagens do interior das artérias carótidas, localizadas em cada lado do pescoço. “As carótidas são como se fossem canos, e os depósitos de gordura ficam aderidos na parte interna de suas paredes, lentificando o fluxo sanguíneo que chega ao cérebro do paciente. Vale ressaltar que o exame não necessita do uso de radiação, o que o torna ainda mais acessível.”, afirma o radiologista.

A ocorrência de um acidente vascular cerebral se dá por alguns mecanismos: o acúmulo de placas de gordura na parede das carótidas, como citado anteriormente, reduz a passagem de sangue oxigenado pelo vaso e leva a formação de coágulos que obstruem o fluxo local; outra forma seria através de uma porção da placa de gordura ou de coágulos formados que se desprendem e seguem na corrente sanguínea até alguma artéria do cérebro, bloqueando o fluxo da mesma.

“Portanto, a ultrassonografia com Doppler colorido das artérias carótidas é uma técnica rápida, não invasiva, reprodutível e segura para o diagnóstico vascular, implicando diretamente na prevenção e no manejo das doenças cerebrovasculares”, radiologista Dr. Ricardo Maranhão Filho.

Por: Carol Dias

Fonte: Dr. Ricardo Maranhão Filho, radiologista da Lucilo Maranhão Diagnósticos

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