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Treino de força ativa limpeza de células dos músculos; entenda

Estudo revela como treinamentos acionam os mecanismos de eliminação de resíduos celulares essenciais para preservação da massa muscular e dos nervos

A eliminação de componentes celulares danificados é essencial para a manutenção dos tecidos e dos órgãos do corpo. Uma equipe de pesquisa internacional, liderada pela Universidade de Bonn, na Alemanha, fez descobertas significativas sobre os mecanismos para a limpeza de resíduos celulares, mostrando que o treinamento de força ativa os ativa.

As descobertas podem formar a base para novas terapias para insuficiência cardíaca e doenças nervosas e até mesmo trazer benefícios para missões espaciais tripuladas. Um artigo correspondente saiu na última edição da revista Current Biology.

Treino de força – Foto: (Reprodução/Internet

Músculos e nervos são órgãos duradouros e de alto desempenho, cujos componentes celulares estão sujeitos a desgaste constante. A proteína BAG3 desempenha papel crítico na eliminação de componentes danificados, identificando-os e garantindo que sejam envolvidos por membranas celulares para formar “autofagossomo”, que funciona como um saco de lixo no qual os resíduos celulares são coletados para posterior trituração e reciclagem.

A equipe de pesquisa mostrou que o treinamento de força ativa o BAG3 nos músculos. Isso tem ramificações importantes para o descarte de resíduos celulares, porque o BAG3 precisa ser ativado para ligar eficientemente os componentes celulares danificados e promover o envolvimento da membrana.

Um sistema ativo de eliminação ou limpeza é essencial para a preservação a longo prazo dos tecidos musculares. O comprometimento do sistema BAG3 realmente causa fraqueza muscular em crianças, bem como insuficiência cardíaca, uma das causas mais comuns de morte nos países ocidentais industrializados.

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Agora já se sabe qual o nível de intensidade do treinamento de força necessário para ativar o sistema BAG3, para que seja possível otimizar os programas de treinamento para os melhores atletas e ajudar os pacientes de fisioterapia a construir melhor os músculos. Essas descobertas são usadas para apoiar os membros da equipe olímpica alemã.

O sistema BAG3 não é ativo apenas nos músculos. Mutações no BAG3 podem levar a uma doença nervosa conhecida como síndrome de Charcot-Marie-Tooth (em homenagem ao cientista descobridor). A doença faz com que as fibras nervosas dos braços e pernas morram, deixando o indivíduo incapaz de mover as mãos ou os pés.

Ao estudar células de pacientes, a equipe de pesquisa mostrou agora que certas manifestações da síndrome causam uma regulação defeituosa dos processos de eliminação de BAG3. Os resultados demonstram a importância de longo alcance desse sistema para a preservação de tecidos no corpo.

A pesquisa pode abrir novas possibilidades terapêuticas para fraqueza muscular, insuficiência cardíaca e doenças nervosas. Mas a mensagem que fica é que os exercícios de força são fundamentais para a manutenção de células musculares e neurônios saudáveis.

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Por: Luis Fernando Correia – Flórida, EUA

Fonte: Luis Fernando Correia, Clínico e intensivista com certificado em Inovação pelo MIT, ex-chefe da emergência do Samaritano, o Doc hoje se dedica à divulgação de temas ligados à saúde

Transcrito: https://ge.globo.com/eu-atleta/treinos/post/2024/08/29/treino-de-forca-ativa-limpeza-de-celulas-dos-musculos-entenda.ghtml

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