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Treina, faz dieta e não emagrece? Veja 4 erros que o impedem de perder peso

Você faz tudo direito –ou pelo menos segue o que o senso comum diz: treina com frequência, come pouco e várias vezes ao dia, evita exageros. Mas por mais que você se esforce, o ponteiro da balança não se mexe. É nesse momento que uma pergunta clássica paira no ar: “por que eu não emagreço?”

Bem, diversos motivos podem envolver a dificuldade para perder peso, entre eles a genética ou até mesmo doenças. Mas fora essas questões mais sérias, existem cinco erros simples que as pessoas costumam cometer durante essa saga e que atrapalham o resultado final. Veja a seguir quais são eles e descubra se está cometendo algum.

1. Achar que todo tipo de salada é bom

É claro que o problema aqui não são as folhas. Repletos de fibras, vitaminas e minerais, os vegetais fazem muito bem à saúde. O problema, no caso, está no que as pessoas usam como complemento à salada. Batata palha, molhos, bacon, queijo… A lista de ingredientes é tão “gorda” que faz do prato saudável uma verdadeira fonte de calorias.

Prefira frutas e oleaginosas em vez de opções gordurosas e na hora de temperar, evite molhos prontos, que são ricos em sódio e conservantes. Temperos sugeridos: limão, azeite extravirgem, vinagre de maçã, vinagrete.

2. Comer muitos snacks “saudáveis”

Há uma crença popular de que barrinhas de cereal e iogurte grego são supersaudáveis e devem ser consumidos entre as refeições, quando bater aquela fome no meio da tarde, por exemplo. Mas sinto em dizer que eles não são opções tão boas assim. Muitas das barrinhas têm açúcar adicionado na composição, o que aumenta a quantidade de calorias. Se trazem chocolate, o valor calórico aumenta ainda mais. Prefira aquelas feitas com frutas secas ou oleaginosas, como nozes e castanhas. Elas também são calóricas, mas no caso a energia vem de gorduras boas.

Quanto ao iogurte grego, ele tem grandes quantidades de gorduras, além de corantes, adoçantes e espessantes. Opte por um iogurte natural, de preferência sem conservantes, batido com frutas no liquidificador.

3. Usar mel ou agave em vez de açúcar

Não é exatamente errado substituir o açúcar –que em excesso, aumenta o risco de diabetes tipo 2, hipertensão e o colesterol ruim — pelo mel e o agave. O problema é que por mais que eles tragam outros nutrientes em sua composição, ainda são calorias extras.

Extraído de uma planta nativa do México, o agave contém açúcares naturais como a frutose, sacarose e glicose, além de vitaminas A, C, riboflavina (B2), niacina (B3) e o mineral potássio. Já o mel comum possui niacina, vitamina C, ferro, potássio e cálcio, além da frutose e glicose.

Mas apesar de terem índices glicêmicos baixo e médio, respectivamente, ainda representam uma energia extra nos alimentos e que muitas vezes não é computada nas calorias do dia. O ideal mesmo seria se adaptar ao gosto do alimento ou da bebida in natura.

4. Preferir drinques por acreditar que são mais “lights”

Infelizmente essa lista não termina com uma notícia boa. Em excesso, toda bebida alcoólica pode engordar e destilados como vodka ou gim não escapam. O que determina o número de calorias de um drinque é seu teor alcoólico (além dos outros macronutrientes da composição), ou seja, quanto mais forte a bebida, mais calórica ela é. Para se ter uma ideia, 1 grama de álcool tem cerca de 7 calorias, enquanto a mesma quantidade de carboidrato possui 4 kcal.

Assim, 100 ml de gim tem cerca de 260 calorias. Para efeito de comparação, a cerveja possui teor alcoólico de cerca de 5%, e em 100 ml você ingere mais ou menos 40 calorias, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA.

No entanto, a cerveja também traz uma desvantagem: a quantidade que você ingere. Uma latinha tem 350 ml (cerca de 140 calorias), e muitas vezes as pessoas tomam seis, sete, oito cervejas em uma noite, o que alcança facilmente 1.000 calorias. Por isso o ideal mesmo é evitar o álcool, se a meta for emagrecer.

Por: Gabriela Ingrid

Do UOL VivaBem, em São Paulo

Fontes: Maria Fernanda Barca, doutora em endocrinologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); Adriana Ávila, nutricionista e membro da Câmara Técnica do Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região SP-MS (CRN-3); Fabiana Nalon, mestre em nutrição humana e especialista em qualidade em alimentos pela Universidade de Brasília (UnB); Mariane Iori, nutricionista clínica funcional e chef de cozinha; Amadeu Roselli Cruz, biomédico da UFMG, consultado em matéria do dia 16/03/2018; Diogo Toledo e Simone Castro, nutrólogos do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, em São Paulo (SP), consultados em matéria do dia 26/07/2018; TACO (Tabela Brasileira de Composiçã.de Alimentos), elaborada pela Unicamp, elaborada em 2011

Transcrito: https://vivabem.uol.com.br/noticias/redacao/2018/12/12/treina-faz-dieta-e-nao-emagrece-veja-4-erros-que-o-impedem-de-perder-peso.htm?utm_source=chrome&utm_medium=webalert&utm_campaign=vivabem

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