“Todo passo conta” é tema do Dia Mundial da Atividade Física 2020
Combate ao sedentarismo é estratégia número um na luta para diminuir a incidência das Doenças Crônicas Não Transmissíveis
Continua a preocupação mundial contra o sedentarismo, fator de risco dos mais presente e dos mais simples de se combater; porém, dos mais difíceis de manter como parte das preocupações diárias maioria da população. O dia 6 de abril foi escolhido há anos como o Dia Mundial da Atividade Física para lembrar a todos que a o sedentarismo é de alto risco, tão importante como os níveis elevados de colesterol e o tabagismo. Neste ano, o tema será “Todo Passo Conta”, para lembrar a todos que você ninguém precisa de equipamentos especiais, nem pagar uma academia. Basta a disposição de abandonar a inatividade física, um dos principais fatores de risco para morte por doenças no mundo, hoje conhecidas como doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs): as cardiovasculares, o câncer e o diabetes. A OMS considera que 30 minutos de atividade física leve a moderada, cinco vezes por semana (ou 150 minutos semanais) já são um ótimo começo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) insiste fortemente nesse foco. Considera a atividade física insuficiente um fator de risco essencial para o aumento das doenças e informa que, globalmente, um em cada quatro adultos não é ativo o suficiente para evitar as DCNTs. O surpreendente é que, da população adolescente do mundo, mais de 80% não são suficientemente ativas.
Corrida é uma atividade simples e acessível que pode fazer toda a diferença na saúde
Ainda segundo os dados estatísticos da OMS, as políticas oficiais para combater o sedentarismo estão operacionais em apenas 56% dos países membros da OMS. Há um esforço em estimular, por meio de campanhas e facilitações esportivas, a redução da inatividade física em 10% até 2025.
O conceito Atividade Física é definido como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que requerem gasto de energia. As formas populares de ser ativo são caminhadas, corrida, ciclismo e qualquer atividade esportiva e evidentemente a recreação, que podem ser realizadas em qualquer nível de habilidade e diversão.
Consideramos como níveis regulares e adequados de atividade física:
1. Aquelas que podem melhorar a aptidão muscular e cardiorrespiratória;
2. As que podem melhorar a saúde óssea e funcional;
3. As que reduzem o risco de hipertensão, doença cardíaca coronária, derrame, diabetes, vários tipos de câncer (incluindo câncer de mama e câncer de cólon) e depressão;
4. As que vão reduzir o risco de quedas, bem como fraturas de quadril ou vertebrais;
5. As que são fundamentais para o equilíbrio energético e controle de peso.
A incapacidade de atingir níveis adequados de atividade física aumenta o risco das DNTs em entre 20% a 30%, diminuindo a vida útil dos sedentários em 3 a 5 anos. Do ponto de vista trabalhista, a inatividade física sobrecarrega a sociedade através do custo oculto e crescente dos cuidados médicos e da perda de produtividade.
Por: Nabil Ghorayeb- São Paulo
Fonte: Nabil Ghorayeb, Doutor em Cardiologia pela FMUSP, chefe da seção CardioEsporte do Instituto Dante Pazzanese Cardiologia, Prêmio Jabuti de Literatura, Ciência e Saúde
Transcrito: https://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/post/2020/01/21/todo-passo-conta-sera-o-tema-do-dia-mundial-da-atividade-fisica.ghtml