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Setembro Dourado: diagnóstico precoce pode salvar 80% das vidas de crianças com câncer infanto-juvenil

INCA projeta mais de 12 mil novos casos da doença ao ano

São Paulo, setembro de 2019 – De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer infanto-juvenil é a principal causa de morte por doença em crianças e adolescentes no Brasil. O órgão estima 12,5 mil novos casos para este ano. Ainda segundo o instituto, 80% das crianças acometidas com câncer podem ser curadas se diagnosticadas precocemente. Para reforçar a importância do diagnóstico precoce, o mês de setembro recebe a cor dourada a fim de conscientizar a população sobre a atenção à doença.

Para a diretora médica do Laboratório Delboni Auriemo, que integra a Dasa, Myrna Campagnoli, é muito importante a observação da família sobre sinais físicos e comportamentais da criança e o acompanhamento regular do pediatra a fim de realizar a avaliação clínica e laboratorial de rotina. Após a consulta, se houver suspeita, o primeiro exame solicitado geralmente é o hemograma. “Um exame de sangue pode sugerir a doença. Entretanto, para leucemias, é recomendada a confirmação diagnóstica pelo exame de medula óssea (mielograma) e, em alguns casos, a biópsia da medula óssea, na qual uma pequena amostra do osso da bacia é retirada para análise do patologista”, explica.

O câncer infanto-juvenil pode proliferar células anormais pelo organismo, acometendo o sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação do corpo. Os tumores mais frequentes são as leucemias, os tumores do sistema nervoso central; os linfomas (sistema linfático); o neuroblastoma, tumor em células do sistema nervoso periférico, o tumor de Wilms, um tipo de câncer renal; o retinoblastoma, que afeta a retina e o fundo do olho; o tumor germinativo, em células que originam os ovários e os testículos; o osteossarcoma, tumor ósseo; e os sarcomas e tumores de partes moles (músculos e gordura).

Os sinais da doença geralmente podem ser confundidos com sintomas de doenças comuns na infância, por isso a visita ao médico é indispensável. Na leucemia, a criança apresenta imunidade baixa e está sujeita a infecções, com uma aparência pálida, sangramentos e dores ósseas. No retinoblastoma, os sinais são o embranquecimento da pupila quando exposta à luz, sensibilidade exagerada à iluminação e, ainda, estrabismo. Acomete geralmente crianças com menos de três anos. Já o tumor de Wilms e o neuroblastoma podem aumentar o volume do abdome. O osteossarcoma, por sua vez, se manisfesta frequentemente em adolescentes, com a formação de massa e dor nos ossos. Por fim, o tumor do sistema nervoso central tem como sintomas vômitos, dor de cabeça, alterações motora e comportamental e paralisia dos nervos.

O monitoramento e tratamento da doença são essenciais para garantir o bem-estar e a qualidade de vida do paciente. Cada criança ou adolescente deve receber o tratamento – quimioterapia, radioterapia ou cirurgia – em centros especi: alizados. Porém, cada tumor tem um tratamento específico, de acordo com o indivíduo e o estágio de desenvolvimento da doença.

Por: Verena Souza

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Fonte: Myrna Campagnoli, diretora médica do Laboratório Delboni Auriemo

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