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Sedentarismo é fator de risco para a saúde; como mudar

Ortopedista Ana Paula Simões explica como longos períodos de inatividade são prejudiciais ao corpo

O estilo de vida moderno, caracterizado por longas horas em frente a computadores e dispositivos móveis, resultou em uma explosão de comportamentos sedentários. Esta inatividade física, especialmente o tempo prolongado sentado, traz sérias consequências para o sistema musculoesquelético e diversos outros sistemas do corpo, afetando até mesmo pessoas que praticam atividades físicas regularmente. A seguir, vamos explorar os principais riscos à saúde associados ao sedentarismo e o que podemos fazer para evitá-los.

Sedentarismo como fator de risco para a saúde musculoesquelética

Estudos mostram que longos períodos sentados contribuem para enfraquecimento muscular, diminuição da flexibilidade, dores lombares, alterações posturais e até mesmo desgaste nas articulações.

A inatividade prolongada faz com que os músculos de pernas, glúteos e costas se tornem mais fracos, aumentando o risco de lesões, desconforto e dores crônicas.

A falta de movimento também reduz a circulação sanguínea nos membros inferiores, o que pode levar à formação de trombos, principalmente em pessoas com predisposição.

Como o comportamento sedentário afeta outros sistemas corporais

Sedentarismo é fator de risco para a saúde – Foto: (Reprodução/Internet)

Além dos efeitos diretos no sistema musculoesquelético, a inatividade afeta negativamente diversos sistemas do corpo:

– Sistema cardiovascular: longos períodos sentados podem levar à diminuição da circulação, aumento da pressão arterial e maior risco de doenças cardiovasculares, como infartos e AVC;

– Sistema metabólico: a redução do gasto energético durante o comportamento sedentário diminui a sensibilidade à insulina, aumentando o risco de diabetes tipo 2 e obesidade;

– Sistema respiratório: a postura curvada comum ao se sentar por muito tempo pode prejudicar a capacidade pulmonar e limitar a oxigenação dos tecidos;

– Sistema psicológico: a falta de atividade física e a permanência prolongada em uma mesma posição têm sido associados ao aumento de casos de ansiedade e depressão, possivelmente devido à menor produção de endorfinas e outras substâncias associadas ao bem-estar.

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Sedentarismo e exercício físico: fatores de risco independentes?

É possível praticar atividades físicas regularmente e, ainda assim, ser sedentário, caso se passe muitas horas do dia sentado. Pesquisas indicam que o sedentarismo representa um fator de risco independente para a saúde, mesmo em indivíduos que se exercitam.

Portanto, quem passa o dia em uma cadeira e cumpre sua “dose” de exercício ao final do dia ainda está exposto aos malefícios da inatividade prolongada.

Tempo sentado e limites saudáveis

Foto: (Reprodução/Internet)

Especialistas sugerem que, para minimizar os efeitos do sedentarismo, é fundamental interromper o tempo sentado a cada 30 a 60 minutos com pequenos períodos de movimento, como caminhadas curtas ou alongamentos.

Pequenas pausas ao longo do dia ajudam a ativar a circulação e prevenir a sobrecarga nos músculos e articulações.

Como combater o comportamento sedentário

A adoção de pequenas mudanças no dia a dia pode fazer uma grande diferença na saúde:

– Trabalho em pé: utilizar mesas ajustáveis para poder alternar entre sentado e em pé é uma prática eficaz;

– Caminhadas curtas: levantar a cada hora para uma caminhada curta ajuda a estimular a circulação e evitar a rigidez muscular;

– Exercícios de alongamento: alongar-se ao longo do dia mantém os músculos mais flexíveis e evita dores nas costas e pescoço;

– Incorporação de atividade física ao longo do dia: optar por escadas ao invés de elevadores, caminhar mais e realizar pequenas tarefas domésticas ao longo do dia podem ser maneiras de combater o sedentarismo.

Conclusão

A inatividade física e o comportamento sedentário representam isco significativo para a saúde musculoesquelética e para o funcionamento de outros sistemas do corpo.

Levantar-se e movimentar-se ao longo do dia não é apenas uma questão de conforto, mas de prevenção de problemas de saúde graves.

Não precisa ser um atleta, mas sim, movimentar!

Bons treinos valentes!

@DraAnaPSimoes

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Por: Ana Paula Simões

Fonte: Ana Paula Simões, Professora instrutora e mestre em Ortopedia e Traumatologia do Esporte pela Santa Casa de São Paulo e diretora da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte

Transcrito: https://ge.globo.com/eu-atleta/saude/post/2024/10/27/sedentarismo-e-fator-de-risco-para-a-saude-como-mudar.ghtml

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