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Pressão alta: veja piores alimentos para a dieta

Consumo elevado de sódio é uma das maiores influências negativas na ocorrência de hipertensão arterial

A alimentação tem importante papel no controle da hipertensão arterial, enfermidade normalmente silenciosa e que pode provocar doenças cardiovasculares e insuficiência renal. Comidas ricas em sódio e gordura, ultraprocessados e bebidas alcoólicas estão entre os piores alimentos para a dieta de controle de pressão alta.

Por isso, a adoção de uma alimentação saudável, aliada a uma rotina de exercícios físicos e acompanhamento médico, colabora para o controle da pressão arterial, uma vez que o consumo elevado de sódio, gorduras e ultraprocessados é uma das maiores influências negativas para saúde.

O sódio pode ser considerado o maior vilão. Ele está presente no sal de cozinha, mas não só, como explica a endocrinologista Leticia Maria Alcantara Margallo.

Sódio é uma das principais influências negativas para ocorrência de pressão alta – Foto: (Reprodução/Internet

— Quando pensamos em sódio, costumamos chamar atenção somente para o sal de cozinha adicionado no cozimento ou após o preparo. Porém, a principal fonte de sódio muitas vezes é negligenciada: os alimentos ultraprocessados alerta a especialista.

— Alimentos produzidos de forma industrial com sabores artificiais e conservantes contêm, na maioria das vezes, alto teor de sódio e impactam negativamente no controle da hipertensão. E não estamos falando somente de alimentos salgados, como macarrão instantâneo e tempero industrializado, mas também de biscoitos doces e salgados, sobremesas lácteas, embutidos de todos os tipos e realçadores de sabor, que são ricos em glutamato de sódio e ainda são capazes de aumentar o apetite — esclarece.

Ela lembra que, atualmente, o novo padrão de rótulos de produtos industrializados permite ver o alerta de “excesso de sódio”, o que pode ajudar a escolher melhor o que se come no dia a dia.

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Piores alimentos para pressão alta

– Biscoitos, salgadinhos de pacote, macarrão instantâneo e chips de batata: são ricos em sódio e conservantes com efeitos diretos no aumento do apetite e da pressão arterial;

– Enlatados como sardinhas em óleo, apresuntados e salsichas: são conservados em salmoura e cheios de sal, além de serem alimentos ricos em gorduras saturadas, que aumentam risco cardiovascular e favorecem o ganho de peso;

– Conservas tipo picles e palmito, cogumelos, milho e ervilha em lata: podem ser conservados em salmoura com excesso de sal adicionado e, por isso, dificultam o controle da pressão;

– Embutidos tipo salame, mortadela e presunto e carnes processadas/defumadas: são aditivos químicos na produção, incluindo nitritos e nitratos, como conservantes, que aumentam risco de doenças inflamatórias e do trato gastrointestinal, além de serem ricos em sal e, desse modo, em sódio;

– Queijos com alto teor de gordura e sal como provolone, parmesão e gorgonzola: a adição de sal e o alto teor de gordura saturada desses alimentos aumentam o risco cardiovascular e podem piorar o controle da pressão arterial;

– Carnes gordas e frituras em geral: são ricas em gordura saturada, o que aumentam o risco cardiovascular, de um processo inflamatório geral e favorecem o ganho de peso quando consumidas em excesso;

– Alimentos ultraprocessados congelados como lasanha, pizza, nuggets e hambúrgueres: são ricos em conservantes e aditivos químicos que modulam a percepção de sabor, com o aumento do apetite e favorecem o ganho de peso, além de serem ricos em sódio;

– Temperos prontos em cubos ou em pó, realçadores de sabor a base de glutamato de sódio, molho de soja, ketchup, molho inglês, sopa desidratada e amaciantes de carne: são ricos em sódio adicionado e pobres em nutriente e fibras, com alto impacto no controle da pressão arterial quando consumidos em excesso;

– Bebidas alcoólicas: existe uma relação linear entre aumento de pressão e a ingestão de mais de 30g de álcool por dia, o equivalente a dois drinks ou 600 ml de cerveja em média;

– Refrigerantes: são ricos em sódio e açúcar, nas versões comuns, e sódio e adoçante nas versões diets, com relação demonstrada de aumento de apetite, redução da ingestão de água pura, aumento de pressão arterial e favorecimento do ganho de peso.

— É essencial ressaltar que, embora exista o impacto direto entre o consumo diário de sódio e o controle de pressão de forma independente da hipertensão arterial, também existe uma relação direta entre o controle da pressão e o excesso de peso, sendo o tratamento para a obesidade uma forma de controle da pressão arterial. É importante destacar que a redução de apenas 10% do peso corporal pode, inclusive, reverter o quadro de hipertensão arterial pontua a endocrinologista.

Quais os parâmetros para se definir pressão alta?

Foto: (Reprodução/Internet

Pressão arterial pode ter variações sem sair dos níveis de normalidade, dependendo de cada pessoa, além de que pode ser normal haver flutuações ao longo do dia. O diagnóstico de pressão alta crônica depende de exames e avaliação médica.

Para certos, indivíduos ter pressão arterial abaixo de 12 por 8, como, por exemplo, 10 por 6, é normal. Já valores iguais ou superiores a 14 (máxima) e/ou 9 (mínima) são considerados hipertensão para todo mundo.

É essencial passar por consulta com cardiologista e realizar os exames periódicos anualmente, mesmo sem sintomas típicos da condição, como dores de cabeça e na nuca, tontura, palpitações, zumbido no ouvido, fraqueza ou cansaço.

— Existem algumas diretrizes de hipertensão arterial, que diferem nos valores de hipertensão e pré-hipertensão. Contudo, de uma forma geral, podemos considerar que o nível da pressão arterial deve ficar abaixo de 120x80mmhg. Para se classificar hipertensão, costumamos definir níveis maiores que 140x90mmg explica o médico cardiologista Henrique Typaldo Caritatos Fontenelle.

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Por: Úrsula Neves, para o EU Atleta — Rio de Janeiro

Fonte: Henrique Typaldo Caritatos Fontenelle (@dr.henrique_fontenelle) é médico cardiologista com residência pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC) e que atua na plataforma de telemedicina Conexa.

Leticia Maria Alcantara Margallo (@draleticiamargallo) é médica endocrinologista com residência em Endocrinologia, Nutrologia e Metabologia pelo Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e que atua na plataforma de telemedicina Conexa. É idealizadora do Fique Leve, programa de tratamento para obesidade.

Transcrito: https://ge.globo.com/eu-atleta/nutricao/reportagem/2024/04/25/c-pressao-alta-veja-piores-alimentos-para-a-dieta.ghtml

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