Prescrever o próprio treino é tão arriscado quanto se automedicar
Com tanta exposição às mídias e à facilidade de informações, muitas pessoas acreditam que não precisam de um plano de treinamento. Pode-se saber para que cada exercício serve, os próprios equipamentos trazem informações sobre como usar e qual a musculatura envolvida, mas um leigo dificilmente saberá avaliar o contexto em que cada exercício deve ser inserido e os efeitos negativos da autoprescrição equivocada.
Além do fator “individualidade biológica”, que significa que todos somos diferentes, não observar suas dificuldades e trabalhar para melhorá-las pode piorar seu estado físico em vez de melhorar. Como é o caso de erros de postura e falta de mobilidade.
Quando o professor elabora um plano de treino, ele vai de encontro aos objetivos do aluno. Seja emagrecer, ganhar massa ou melhorar o condicionamento cardiorrespiratório. Associar exercícios que são necessários aos que ele gosta é um fator fundamental para a aderência ao plano.
Baseado nas informações de uma avaliação física e uma anamnese dos hábitos de vida e doenças pregressas, o profissional capacitado saberá como adaptar o aluno aos exercícios e como ajustar alguns movimentos às possíveis limitações de cada um.
Quando uma pessoa vai para academia e só faz aquilo que gosta, negligencia suas verdadeiras necessidades e corre o risco de instaurar lesões que não existiam com execuções erradas e cargas inadequadas.
Por isso, escolher um bom profissional que entenda as suas necessidades e objetivos e confiar naquilo que foi prescrito poderá afetar diretamente nos bons resultados.
Por: Deborah Povoleri, Rio de Janeiro
Fonte: Educadora física pós-graduada na área de fitness e saúde com experiência de 15 anos no Brasil e no exterior. Possui certificações internacionais como CrossFit, HIIT, Body Systems, Fisio Ball, Fit Flex. Atua como Head Coach de CrossFit e Personal Trainer. (Foto: Eu Atleta | Arte | fotos: arquivo pessoal)
Transcrito;https://globoesporte.globo.com/eu-atleta/treinos/noticia/prescrever-o-proprio-treino-e-tao-arriscado-quanto-se-automedicar.ghtml