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Prazo de validade: quando comida, bebida e maquiagem vencem? Posso confiar?

O que determina em quanto tempo o alimento e a bebida devem ser consumidos antes de ter o gosto ou textura alterados? Até quando a maquiagem e a camisinha podem ser usadas com segurança antes de causar problemas de saúde?

No quesito, comidas e bebidas, existem os chamados “testes de vida de prateleira”. Estudos feitos em laboratório e a partir de pequenas amostras do produto avaliam sob que condições e em quanto tempo ele se deteriorará. Os testes são feitos em um ambiente com temperatura e umidade controladas, e as amostras são checadas regularmente.

Os pesquisadores não levam em conta apenas se a quantidade de microrganismos presentes ao longo do tempo está dentro do limite estabelecido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Aspecto, aroma, sabor e cor também são analisados.

Geralmente, os laboratórios, que produzem outros tipos de produtos, já têm uma ideia da validade de determinado alimento utilizando como base produtos semelhantes, como o de um concorrente. O que eles precisam fazer é checar, através desses testes, se a “previsão” é realmente verdadeira.

Durante os testes, os produtos não refrigerados são submetidos à temperatura mais alta que a registrada na cidade mais quente em que eles serão vendidos, por exemplo. Isso ajuda o fabricante a ter uma ideia de como o seu produto se comportará em condições extremas.

A conservação também é levada em conta ainda na produção e no embalo. A data de validade corresponde ao prazo em que o produto é seguro até ser aberto. E, por lei, as organizações devem dizer no rótulo quanto tempo ainda dá para comer depois da abertura.

Além de a Anvisa exigir que os itens tragam um prazo seguro para consumo, depois dessa data a organização determina que eles não sejam mais comercializados.

Faz mal comer alimento vencido?

Foto: Reprodução/Internet

A verdade é que os prazos de validade são determinados com uma certa margem de segurança. Isso significa que, se o resultado da análise de um produto der que o prazo é de três meses e 10 dias, por exemplo, a data passada para o consumidor será de três meses.

Isso significa que podemos comer alimentos vencidos? Especialistas dizem que não. Depois do prazo, não é mais possível garantir a integridade do alimento, mesmo que seja apenas um dia depois da data.

Quando se fala em integridade, não significa apenas que ele fará mal. Em alguns casos, o alimento ainda se mantém dentro dos limites permitidos de microrganismos, mas sua textura já não é a mesma.

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Os órgãos mais afetados pela ingestão de um produto estragado são o estômago e o intestino. O primeiro pode tentar expelir o que está fazendo mal, levando a enjoos e vômitos. No segundo, podem-se iniciar diarreias, cólicas e gases.

Especialistas aconselham que se avalie o cheiro do alimento vencido e sua consistência, mas reforça que é sempre melhor ter cuidado.

Validade de vegetais frescos

Foto: Reprodução/Internet

Uma portaria publicada em julho deste ano pelo Ministério da Agricultura retirou a obrigatoriedade dos produtores de informarem o prazo de validade em vegetais frescos embalados.

De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal, a medida visa combater o desperdício de alimentos. Isso porque, anualmente, “toneladas de frutas são perdidas no Brasil em razão da expiração do prazo de validade” sem que, de fato, estejam impróprias para o consumo.

Validade do vinho

Foto: Reprodução/Internet

Alguns tipos de vinhos podem ser armazenados por décadas a fio, mantendo seu sabor sem alterações. Mas, para não acabar com vinagre na garrafa ao invés de vinho, é preciso garantir que ele será bem cuidado.

Quando se trata de vinhos mais jovens, como brancos ou tintos mais leves, que ficaram pouco tempo no barril, o melhor é não demorar muito para beber —dois a três anos depois da safra é considerado um tempo adequado. Depois de aberto, o vinho dura de 2 a 3 dias e deve ser guardado na geladeira.

Já os chamados “vinhos de guarda”, um tipo mais pesado como os Barolos ou Brunellos, podem ser armazenados de cinco a dez anos ou até mais, dependendo do tipo de uva.

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Validade da camisinha

É a data de validade das camisinhas que garante sua segurança e eficácia. Como qualquer produto fabricado com borracha natural, os preservativos, que são feitos de látex, perdem suas propriedades físicas ao longo do tempo e podem romper-se com mais facilidade depois de vencidos.

Normalmente, as camisinhas são fabricadas com uma margem de segurança para seu uso por algum tempo após seu vencimento. Mas, em geral, a validade dos preservativos varia de três a cinco anos e, após abertos, eles devem ser utilizados imediatamente.

Validade dos cosméticos

Foto: Reprodução/Internet

Especialistas alertam que fora da validade os cosméticos não devem ser utilizados. A eficácia poderá diminuir, além da possibilidade de trazer malefícios.

A validade de um cosmético, seja ele hidratante, sabonete, creme antissinais, maquiagem, o que for, é determinada com base no tempo de ação da substância que promoverá o efeito desejado e dos conservantes, adicionados aos produtos para evitar as suas deterioração e contaminação. Geralmente, quando a validade expira, então são notadas alterações de cor, odor e/ou textura, mas nem sempre.

No entanto, algumas marcas podem identificar um vencimento por data de abertura. Após já ter usado o cosmético, para saber até quando é possível tirar proveito dele, procure em sua embalagem por um desenhinho de um frasco aberto e a indicação de tempo. Mas, no caso de se constar, por exemplo, que um xampu cuja validade após aberto indica 12 meses, mesmo que a validade dele fechado seja maior, deve-se considerar a validade que vence primeiro.

Nenhum produto vence exatamente na data estabelecida no rótulo, mas, de acordo com os especialistas, até o prazo de validade os fabricantes se responsabilizam.

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Validade de outros produtos

– Catchup e mostarda

Foto: Reprodução/Internet

Apesar do costume de armazenar potes de catchup e mostarda por vários meses na geladeira, após a abertura a validade destes alimentos diminui drasticamente.

Entre as marcas pesquisadas pela reportagem de VivaBem, o prazo recomendado pelos fabricantes para o consumo de catchup variou entre 14 dias e dois meses depois de aberto. Já para a mostarda, este tempo é de 30 a 45 dias após a abertura da embalagem.

Problemas de armazenamento desses produtos, como uma eventual falta de energia elétrica ou o hábito de abrir a geladeira com muita frequência, também podem fazer o prazo diminuir.

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– Soro fisiológico

O soro fisiológico também não deve ser guardado por muito tempo após ser aberto. A recomendação é que ele seja adquirido em embalagens menores para ser consumido mais rapidamente.

O cuidado com esse tipo de material deve ser redobrado, pois ele é utilizado em pessoas com imunidade mais baixa, como idosos e doentes.

Entre as marcas pesquisadas, a recomendação é de que o soro seja utilizado em até 15 dias depois de aberto ou que o produto seja descartado se o líquido não estiver límpido, incolor, transparente ou inodoro.

– Conservas

Foto: Reprodução/Internet

Alimentos em conserva, como os palmitos, precisam de controle mais rigoroso, tanto em seu processo de fabricação, quanto ao serem armazenados em casa, pois podem sofrer contaminação pela toxina botulínica, que causa o botulismo —doença que atinge o sistema nervoso e pode levar à morte.

Esses alimentos não devem ser guardados em locais quentes e o ideal é que eles sejam consumidos o mais rápido possível. Nas marcas de palmito pesquisadas, a recomendação de consumo varia de utilização imediata do alimento a até três dias após sua abertura.

Por: Rebecca Vettore

Colaboração para VivaBem

Fonte: Fontes: Roger Barbosa, coordenador do curso de Engenharia de Alimentos da Unesp (Universidade Estadual de São Paulo)

Renata Ernlund Freitas de Macedo, doutora em tecnologia de alimentos e professora da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná)

Fabiana Fontes, da Clínica Reviva, de Fortaleza (CE)

Carmen Cecília Tadini, professora do Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo)

Isabel de Lelis Andrade Moraes, diretora da Divisão Técnica de Produtos do Centro de Vigilância Sanitária Estadual (SP)

Pedro Manuel Leal Germano, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP

Fabiana Gherardi, sommelière

Luciana Ribeiro, dermatologista e professora da pós-graduação Ipemed (Instituto de Pesquisa e Ensino Médico), da Afya Educacional

Carolina Milanez, dermatologista pelo Hospital Heliópolis (SP) e especialista pela SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia)

Transcrito: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2022/12/02/prazo-de-validade-quando-comida-vinhos-e-maquiagem-vencem-posso-confiar.htm

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