Por que as dietas falham? Como conseguir melhores resultados?
Nutricionista Cris Perroni defende que a reaprendizagem alimentar não é restrição ou redução de opções de alimentos, e sim o contrário: deve-se aumentar as opções, ampliar o cardápio
Dietas colocam as pessoas dentro de “caixas” (low carb, cetogênica, paleolític …) e falham porque cobram que a pessoa se adeque a elas, e não o contrário. Muitas vezes focam no que as pessoas não devem comer, na restrição, no limite. Mas cada indivíduo estabelece uma relação pessoal com a comida. Comida tem sotaque, DNA, história e memória. O cheiro pode te lembrar de alguém, o gosto pode te transportar para outro lugar e as cores podem remeter a um momento do passado. Nutrição é comportamento.
Uma verdadeira reeducação alimentar respeita gostos, tradições e estimula a ampliação do cardápio, não sua restrição — (Foto:Reprodução/Internet)
Para entender cada indivíduo é preciso a realização de cuidadosa anamnese nutricional, uma “entrevista” para entender o estilo de vida, história clínica pregressa e atual, história familiar, prática de exercício físico, alimentação usual, aversões e preferências alimentares da pessoa. Olhar para o passado para entender o indivíduo atual, respeitando os limites, abraçando as falhas que nos tornam únicos e motivando para a mudança acontecer “de dentro para fora”, de forma gradual e a longo prazo. Novas escolhas e atitudes para mudar o futuro.
É uma “reaprendizagem alimentar” gradual, uma reeducação alimentar.
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Benefícios da reaprendizagem alimentar
– Benefícios emocionais: aumento da felicidade, da autoestima, do empoderamento e da sensação de ter feito pazes consigo e com o mundo;
– Benefícios funcionais:
1. Maior controle da ingestão alimentar;
2. Melhora do sono;
3. Melhora do humor;
4. Fim do efeito sanfona;
5. Melhora dos marcadores clínicos de saúde, com redução do risco cardiovascular e de diabetes, entre outras doenças crônicas não transmissíveis.
Pilares da reaprendizagem alimentar
(Foto:Reprodução/Internet)
1. Ampliação do cardápio: não é restrição ou redução de opções de alimentos, e sim o contrário, deve-se é aumentar opções, ampliar seu cardápio;
2. Prioridade: autocuidado, momento só seu;
3. Incorporação da atividade física à rotina: o exercício físico é fundamental no processo de redução e manutenção do peso perdido e mudança da composição corporal. Indissociável do conceito de saúde.
Reaprendizagem alimentar é para a vida toda, uma corrida de longa distância. Por isso, tem que ser sustentável e saudável, sem sofrimento ou restrição alimentar. Uma grande negociação. Replanejar as estratégias sempre que for necessário. Mudou seu estilo de vida? Reorganize sua alimentação e prática esportiva.
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Alimentação saudável é ampla, diversa, com comida de verdade, colorida, prazerosa e inclui todos os grupos de nutrientes.
Uma dieta para redução de peso precisa de redução de calorias ingeridas, mas é importante estabelecer que o déficit de energia não deve ultrapassar 500 a 1000 kcal por dia, uma redução de 500g a 1kg por semana. Lembre-se: não basta contar calorias, a qualidade da dieta importa para a composição corporal e saúde.
Por: Cris Perroni – Rio de Janeiro
Fonte: Cris Perroni, Nutricionista formada pela UFRJ, pós-graduada em obesidade e emagrecimento, com especialização em nutrição clínica e em nutrição esportiva
Transcrito: https://ge.globo.com/eu-atleta/nutricao/post/2023/06/19/por-que-as-dietas-falham-como-conseguir-melhores-resultados.ghtml