Os alimentos odiados do cardápio brasileiro: saiba o que perdemos ao rejeitá-los
Nutricionistas ressaltam a importância de apresentar os alimentos aos filhos, mesmo não sendo fã. Se não tiver em casa, muito provavelmente, a criança não vai provar na rua e não vai ser receptiva com aquele alimento.
Osex cluídos da dieta! Quem entra na sua lista? Língua de boi, dobradinha, jiló, quiabo, fígado?
As nutricionistas Tânia Rodrigues e Rachel Francischi explicam o que você perde, deixando eles de fora da alimentação.
É genético e a ciência explica: o ser humano prefere o paladar doce e rejeita o amargo. Isso é uma questão evolutiva porque na pré-história a principal fonte de energia eram as frutas (doces). Com o tempo fomos nos acostumando com o doce até a invenção do açúcar (que aguçou ainda mais essa preferência). Ao mesmo tempo, o amargo era rejeitado por ser característico dos venenos das plantas, uma estratégia de defesa da natureza.
Outra explicação para as preferências alimentares é o hábito familiar e cultural. A gente tende a comer o que é familiar ou provamos o novo só quando estamos em situações sociais. Por isso é importante apresentar os diversos alimentos aos filhos, mesmo que os pais não sejam fãs. Se não tiver em casa, muito provavelmente, a criança não vai provar na rua e a próxima geração também não vai ser receptiva com aquele alimento.
O paladar muda?
Quem nunca começou a gostar de um alimento que detestava ou então criou uma repulsa por algo que comia? É comum! A monotonia da dieta pode levar ao enjoo por completo de algum alimento. Também ocorre a mudança do paladar no final da adolescência, os gostos amargos são mais aceitos e os muito doces ficam mais de lado.
JILÓ – Reclamação: é amargo.
O que fazer: como é legume, é difícil disfarçar o gosto com algo doce. A saída é fazer bem temperado, refogadinho, usar bastante ervas, azeite e manteiga.
QUIABO – Reclamação: a baba.
O que fazer: lave bem e corte as pontas do quiabo, deixe de molho durante 30 min no suco de um limão (ou 100ml de vinagre) para cada meio litro de água. Escorra, seque e prepare do seu jeito.
Dica de consumo: coloque no vinagrete bem picadinho, rocambole de carne com recheio de ricota ou prove grelhado com especiarias.
FÍGADO – Reclamação: gosto amargo e metalizado
Dica de consumo: para favorecer seu consumo entre o público infantil, a apresentação na forma de espetinhos ou na versão “docinho de festa” (cozido com cravo e canela e depois triturado, misturado e cozido com baunilha, leite condensado e chocolate) costuma agradar os pequenos. Para os adultos: em tirinhas acebolado, no estrogonofe, misturado com outras carnes e como hambúrguer/almôndega.
MOELA – Reclamação: nojo.
Dica para o consumo: em farofas simples ou como recheio de frangos (moela + couve manteiga + cebola + quinoa).
LÍNGUA – A repugnância por língua, joelho, pé e orelha é porque essas partes remetem ao animal vivo e não pelo sabor em si.
DOBRADINHA (BUCHO) – Reclamação: o cheiro forte.
O que fazer: precisa saber preparar para disfarçar o odor. O cozimento com suco de limão ou vinagre e bastante temperos (alho, cebola, tomate, cheiro verde, orégano) melhora a aceitação. Provar em um restaurante, ao invés de fazer em casa, pode ser uma saída.
Por: G1, São Paulo
Fonte:Tânia Rodrigues, Nutricionista
Rachel Francischi,Nutricionista
Transcrito:http://g1.globo.com/bemestar/noticia/os-alimentos-odiados-do-cardapio-do-brasileiro-bem-estar-explica-o-que-perdemos-ao-rejeita-los.ghtml