O que diz a ciência sobre exercícios físicos na gestação
Fisiologistas Turibio Barros e Gerseli Angeli explicam evolução do conhecimento científico sobre o impacto de atividades físicas na saúde da gestante e do feto
A atividade física durante a gestação é uma área da Fisiologia do Exercício que tem evoluído bastante nas últimas décadas. Uma revisão publicada em junho de 2024 por um grupo de pesquisadores canadenses fez uma análise muito interessante de como essa área evoluiu do século 19 até hoje.
Segundo os autores, de 1800 até 1900, o conceito de atividade da mulher grávida era absolutamente zero, ou seja, a recomendação era repouso no leito.
Do início do século 20 até a metade do século, a Medicina passou a permitir que a mulher grávida se envolvesse em atividades de âmbito doméstico, porém sempre guardando o devido repouso, sem nenhuma atividade física mais expressiva.
De 1950 até os anos 1970, iniciou um movimento de recomendação da prática de exercícios para a gestante, mas com a única preocupação de preparar o corpo da mulher para o parto. Isso era claramente uma necessidade, contudo não havia nenhuma preocupação com a prática de atividade física voltada para a saúde da mulher propriamente dita. O conhecimento científico dos benefícios de programas de atividade física na gestação praticamente não existia.
Gestante fazendo exercício – Foto: (Reprodução/Internet)
A partir dos anos 1980 esse cenário começou a mudar radicalmente, com estudos voltados para os benefícios que a gestante pode obter fazendo realmente um programa de atividades físicas bem elaborado, e não somente a “ginástica para o parto”.
Com isso, passaram a ser publicadas as guidelines para atividade física na gestação por parte de entidades normativas internacionais.
Programas de exercícios para gestantes passaram a incluir não só ginástica localizada, como exercícios aeróbicos, exercícios com pesos e exercícios de flexibilidade.
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Foram também elaboradas recomendações a respeito de cuidados a serem observados evitando qualquer risco para a gestante e para o feto.
A respeito do feto parecem já existir evidências que mudam radicalmente os conceitos anteriores. Ao invés de o feto poder eventualmente ser prejudicado pelo exercício da mãe, acumulam-se evidências de que a criança nascida da mãe treinada nasce com benefícios proporcionados pelos exercícios.
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Por: Turibio Barros e Gerseli Angeli – Campos do Jordão, SP
Fonte: Turibio Barros e Gerseli Angeli,
Andrea Mestres e doutores em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP-EPM
Transcrito: https://ge.globo.com/eu-atleta/saude/post/2024/09/05/o-que-diz-a-ciencia-sobre-exercicios-fisicos-na-gestacao.ghtml