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Novembro Azul: Especialistas ajudam a identificar e tratar principais problemas urológicos masculinos

Câncer de próstata, Hiperplasia prostática, Disfunção erétil e Infertilidade são algumas das doenças mais comuns entre eles

O Novembro Azul tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para os problemas e doenças que podem atingir a saúde masculina, já que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de homens que procuram um médico para uma consulta preventiva é 30% menor que o de mulheres. Aproveitando a data, conversamos com médicos especialistas para esclarecer as dúvidas acerca das enfermidades que mais acometem os homens.

Uma das doenças que mais atingem os homens a partir dos 50 anos é o Câncer de Próstata. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), ele já é a segunda maior causa de morte por câncer na população masculina. O diagnóstico é realizado através do exame de toque retal e da dosagem do antígeno prostático específico, chamado PSA. O papel dos exames de imagens, mais precisamente da ultrassonografia e ressonância magnética, também é fundamental para um diagnóstico mais preciso. Com eles é possível detectar, de forma mais completa, a localização de tumores e outros problemas. “Existem algumas partes do corpo que não conseguem ser visualizadas. No toque retal, por exemplo, somente a porção posterior e lateral da próstata pode ser palpada. Com o toque, o urologista tem a impressão pessoal da consistência da glândula do seu paciente e se o tumor estiver nas áreas acessíveis ao método. Assim, os exames de imagem tornam-se extremamente importantes na prática clínica urológica e sem os quais o urologista ficaria limitado na avaliação global”, afirma o doutor Lucilo Maranhão Neto, radiologista da Clínica Lucilo Maranhão Diagnósticos.

Popularmente conhecida como próstata crescida, a Hiperplasia Prostática Benigna é uma doença que atinge cerca de 80% dos homens. Caracterizada pelo crescimento não canceroso da glândula masculina, ela comprime a uretra, obstrui o fluxo de urina e pode levar a infecções e insuficiência renal. Entre os sintomas, estão a dificuldade para urinar, ardência, diminuição da intensidade do jato, incontinência urinária, noctúria e até sangramento. O diagnóstico é feito através do exame do toque retal e ultrassonografia para avaliar o tamanho da glândula.

Outra doença temida e muito recorrente entre os homens é a Disfunção erétil. Também conhecida como impotência sexual, o problema caracteriza-se pela incapacidade de obter ou manter uma ereção satisfatória para o ato sexual. O urologista Filipe Tenório, da Clínica Andros Recife, explica que as causas podem ser orgânicas ou psicogênicas. “Na orgânica, ela é ocasionada por lesões nas artérias, veias e nervos ou pelo uso de drogas, anabolizantes, bebidas alcoólicas ou cigarro. Já na psicogênica, é provocada pelo excesso de ansiedade, stress e alto nível de adrenalina”, revela. O tratamento pode ser realizado através de terapia psicológica, medicamentos orais ou injetáveis e com cirurgia, para os casos mais graves. “A operação é chamada de implante de prótese peniana. Nela inserimos próteses infláveis ou maleáveis no corpo cavernoso do pênis e elas simulam o funcionamento natural do órgão. A taxa de sucesso e satisfação é altíssima”, esclarece ressaltando que o tratamento deve ser realizado precocemente porque se o pênis passar muito tempo sem ter ereções, o dano pode ser irreversível.

A Infertilidade também é uma doença frequente no sexo masculino. Ela acomete 15% de todos os casais e em metade deles, o problema está relacionado ao homem. “A causa mais comum é a varicocele, dilatação das veias do testículo que faz com o sangue fique preso e aumente a temperatura, diminuindo a produção de espermatozoides”, aponta Tenório ressaltando que obstruções no epidídimo, no ducto deferente e na próstata também podem acarretar o quadro. “Além disso, a infertilidade pode ter origem genética e pode ser motivada por outros fatores, como uso de drogas, anabolizantes, quimioterapia e radioterapia”, aponta. O tratamento ideal vai variar de acordo com a causa, podendo ser cirúrgico ou com medicamentos.

Por: Carol Dias

Fonte: doutor Lucilo Maranhão Neto, radiologista da Clínica Lucilo Maranhão Diagnósticos.

urologista Filipe Tenório, da Clínica Andros Recife

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