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Medicina fetal garante gestação segura para mãe e feto

Área da obstetrícia que visa o cuidado e acompanhamento do desenvolvimento do feto, a Medicina Fetal ganha cada vez mais espaço no acompanhamento das gestantes

A ultrassonografia para as grávidas vai muito além de revelar o sexo do bebê. O acompanhamento por meio de exames de imagem é de total importância, pois através dele o médico consegue fazer o acompanhamento do avanço da gravidez e principalmente do desenvolvimento do feto, apontando possíveis problemas e anomalias. “Pode-se dizer que a USG na gestação é um braço do acompanhamento pré-natal. Enquanto na consulta de pré-natal a mãe é examinada e os exames de sangue solicitados checam o andamento da sua saúde, a ultrassonografia corresponde a uma consulta do feto´”, afirma a médica obstetra , com subespecialização em medicina fetal, da Lucilo Maranhão Diagnósticos, especialista em medicina fetal, Dra Fernanda Maranhão.

Através dos exames de ultrassom na gravidez é que se torna possível diagnosticar a quantidade de fetos, atestar sua vitalidade, verificar sua posição, peso, a quantidade de líquido amniótico, o fluxo de sangue recebido, além de diagnosticar muitas malformações fetais, algumas inclusive tratáveis ainda dentro do útero. “Não bastasse isso, ainda é possível avaliar o risco e acompanhar algumas doenças maternas da gravidez tais como as doenças hipertensivas, diabetes gestacional e risco de parto prematuro, ajudando no tratamento da mãe e colaborando para evitar que tais situações acabem comprometendo a saúde do feto”, afirma.

Ultrassonografia obstétrica inicial e simples – A USG endovaginal inicial é feita com sete semanas em média. Nela é possível verificar a localização da gestação (afastar gestação ectópica), verificar a quantidade de fetos, atestar sua vitalidade e definir o tempo de gravidez. Já a USG obstétrica simples pode ser feita em qualquer idade gestacional, a partir de 14 semanas, e é nela onde é verificado o peso, posição e vitalidade fetais, além da quantidade de líquido amniótico e o aspecto da placenta. Quando realizado por um especialista em medicina fetal sempre é verificada a anatomia fetal e se está tudo se desenvolvendo adequadamente de acordo com a idade gestacional.

Ultrassonografia morfológica –

Morfológico do 1o trimestre – É realizada entre 11 e 13 semanas e 6 dias. Ela avalia precocemente a anatomia fetal, já diagnosticando cerca de 35% das malformações possíveis de serem identificadas através do ultrassom, além de realizar o cálculo de risco para doenças cromossômicas (Síndromes genéticas tais como a Síndrome de Down). No momento do exame ainda é calculado o risco da mãe vir a desenvolver pré-eclâmpsia na gestação através da avaliação do Doppler das artérias uterinas.

Morfológico do 2o trimestre – É realizada entre 20 e 24 semanas. Dá seqüência à avaliação da anatomia fetal iniciada no 1o trimestre. Neste exame, avalia-se tudo o que uma ultrassonografia obstétrica simples é capaz de verificar, além de checar toda a anatomia fetal, conferindo o que ainda não era possível de ser visto no 1o trimestre devido à precocidade da gestação. Através desse exame é possível inclusive suspeitar de algumas síndromes genéticas e, a partir disso, dar prosseguimento à investigação necessária para cada caso.

Ultrassonografia obstétrica com Doppler – Tem como diferencial a avaliação da circulação do feto com o estudo Doppler. Através dele verifica-se a qualidade do fluxo de sangue que circula na artéria umbilical, na artéria cerebral média, bem como nas artérias uterinas maternas (avalia o sangue que a mãe passa para a placenta e consequentemente para o feto). Através dessa análise pode-se averiguar se existe sofrimento fetal devido a um baixo aporte de sangue oxigenado e nutrientes.

Ultrassonografia obstétrica 3D e 4D – A diferença entre 3 e 4D é que o primeiro diz respeito a imagens estáticas, ou seja, fotos, enquanto que o segundo é em movimento, ou seja, vídeos do feto intra-útero. A finalidade de ambas é avaliar a superfície do feto, possibilitando vermos a imagem da face fetal, o que ajuda a mãe a se familiarizar com o rostinho do bebê. Mas não apenas isso, ajuda ainda no diagnóstico de malformações fetais e permite que a mãe entenda melhor o que esperar de um bebê com malformações externas.

Por: Carol Dias

Fonte: Dra.Fernanda Maranhão,médica obstetra, com subespecialização em medicina fetal, da Lucilo Maranhão Diagnósticos, especialista em medicina fetal

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