Maio Roxo alerta para doenças do intestino
No Brasil, a cada 100 mil pessoas, treze tem alguma doença inflamatória intestinal. Entre as mais recorrentes estão a Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa
Muito se fala das campanhas do Outubro Rosa e Novembro Azul, para o mês de maio, a Federação Europeia de Colite Ulcerativa e Crohn instituiu a cor roxa, com o objetivo de chamar atenção para a importância do diagnóstico das doenças inflamatórias intestinais. “As doenças inflamatórias intestinais (DII) são infecções que afetam alguma parte do sistema digestório e causam feridas internas nos órgãos e tecidos, entre eles intestino delgado, grosso e reto”, esclarece a cirurgiã do aparelho digestivo, Clarissa Guedes.
As DII não têm causa comprovada e acredita-se que estejam diretamente relacionadas aos maus hábitos, como consumo exacerbado de comidas industrializadas e gordurosas, além de fatores hereditários e imunológicos. No Brasil, a cada 100 mil habitantes, 13,25 tem alguma doença inflamatória intestinal, desses, 53,83% de doença de Crohn e 46,16% de retocolite ulcerativa. “As doenças inflamatórias intestinais não tem cura, o que acontece são períodos de atividade e remissão. No entanto, o start do processo inflamatório está relacionado com alteração do sistema imunológico e fatores externos, como cigarro, alimentação”, afirma a médica. Com relação aos sintomas, eles não são tão específicos e muitas vezes comuns a outras doenças. Entre eles, dor abdominal, diarreia, anemia, febre, perda de peso, muco e sangue nas fezes.
Crohn – acomete todas as camadas do aparelho digestivo, da boca até o ânus. Intercala áreas doentes com partes saudáveis e pode se apresentar somente como inflamação, ou também com estenoses e fístulas.
Retocolite Ulcerativa – é restrita a camada mais superficial do intestino grosso e tem o processo inflamatório contínuo. Nos casos mais graves, pode ser indicada a remoção total do intestino grosso e uso definitivo de bolsa de colostomia.
Por:Carol Dias
Fonte: Clarissa Guedes – A médica cirurgiã do aparelho digestivo Clarissa Guedes é especializada em tratamento da obesidade, chefe de plantão do SAMU e Cirurgiã do trauma do Hospital da Restauração.