Julho Amarelo – Especialistas alertam sobre as hepatites virais
De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, milhões de pessoas são portadoras dos vírus das hepatites B e C e não sabem. O problema das doenças silenciosas é o risco da evolução, que apresentam entre as consequências mais graves a ocorrência de cirrose e/ou câncer hepático. Como alerta, foi institucionalizado o Julho Amarelo, como o mês de conscientização das hepatites virais.
Segundo a Sociedade Brasileira de Hepatologia, o Brasil registrou 40.198 casos novos de hepatites virais, sendo a maior incidência em homens entre 20 e 39 anos. “A hepatite é uma inflamação do fígado, que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas”, afirma a cirurgiã do aparelho digestivo, Clarissa Guedes. “O diagnóstico e o tratamento precoce pode evitar a evolução do problema para cirrose ou câncer de fígado. Por isso, é tão importante fazer os exames”, completa a médica.
O exame de biópsia ainda é considerado o melhor para o diagnóstico de hepatopatias. No entanto, alguns exames de imagem também permitem a possibilidade de detectar, caracterizar e acompanhar as doenças do trato biliar.
“A ultrassonografia é indicada para a avaliação estrutural inicial do fígado e da árvore biliar. Ela apresenta sensibilidade para a triagem de alterações intra e extra-hepáticas que cursam com a icterícia (cor amarelada da pele, mucosas e olhos); além de auxiliar na detecção de lesões hepáticas. Outros exames de imagem, porém com maior especificidade, são a Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética, que estudam as mesmas estruturas que a ultrassonografia, porém com maior riqueza de detalhes, permitindo diagnósticos mais precisos em algumas situações”, afirma o radiologista da Lucilo Maranhão Diagnósticos, Dr. Ricardo Maranhão Filho.
Para o controle das hepatites virais, é necessário, dentre outras, adoção de medidas de prevenção, como o incentivo ao uso do preservativo e o não compartilhamento de objetos contaminados como lâminas e seringas.
Por: Carol Dias
Fonte: Dr. Ricardo Maranhão Filho,radiologista da Lucilo Maranhão Diagnósticos