Falta de vitamina D pode aumentar risco de fraqueza muscular
Estudo mostra que deficiência do nutriente, que também auxilia na absorção de outras vitaminas, aumenta em 78% a chance de prejuízos na força neuromuscular em pessoas com mais de 50 anos
Responsável por regular a absorção de cálcio e fósforo no nosso organismo, a vitamina D também é essencial para manter o cérebro e o sistema imune funcionando. De acordo com o Ministério da Saúde, a exposição diária ao sol representa cerca de 80% de vitamina D adquirida, sendo os outros 20% supridos por alimentação. Há poucos meses, em setembro do ano passado, pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da University College London, no Reino Unido, publicaram um estudo mostrando que a substância também reduz em 78% o risco de fraqueza muscular, condição que por vezes é chamada de dinapenia, especialmente em pessoas com mais de 50 anos.
Essa fraqueza pode ser explicada parcialmente pela atrofia muscular e é considerada um importante fator de risco para a incapacidade física no envelhecimento. Prejudica desde o desempenho em esportes e treinos em geral até simples caminhadas e atividades cotidianas. Pessoas com dinapenia têm maior incidência de quedas, hospitalização, institucionalização precoce e óbito prematuro. Quem nos explica isso é Lívia Marcela, médica endocrinologista, doutora e mestre pela Unifesp, atualmente no cargo de preceptora de Doenças Osteometabólicas na Santa Casa.
– Quando analisados apenas indivíduos sem osteoporose e aqueles que não faziam uso de suplementação de vitamina D, tanto a deficiência sérica de vitamina D quanto a insuficiência foram fatores de risco para a incidência de dinapenia – comenta a médica, ressaltando que são necessários mais estudos em busca de evidências científicas, ainda escassas e controversas, sobre a relação entre a baixa de vitamina D e a redução da força neuromuscular (dinapenia).
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Deficiência de Vitamina D e seus riscos
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o nível ideal de vitamina D é entre 40 e 60 ng/mL para crianças e adultos.
– A vitamina D tem benefícios esqueléticos, tais como diminuição da chance de osteoporose e fraturas. Indivíduos que têm níveis de vitamina D abaixo de 10 ng/dL podem ter osteomalácia e raquitismo, ou seja, uma desmineralização óssea importante. Os receptores de vitamina D nas células de defesa exercem um papel de imunidade, mas esse não é o único fator que determina a imunidade de uma pessoa. Ressalto que não existem estudos que correlacionam a imunidade com o nível de vitamina D, até porque, se esse nível for superior ao limite estabelecido pela SBEM [Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia], pode trazer malefícios – explica Lívia.
Foto: Reprodução/Internet
Existem pessoas com síndrome de má absorção de vitamina D —ou seja, pessoas cujo intestino não absorve o nutriente de maneira correta. Quem convive com doenças renais ou hepáticas também está propenso à falta de vitamina D, justamente pelo funcionamento inadequado desses órgãos.
Vale lembrar também daqueles com osteoporose, osteomalácia, dor musculoesquelética, hiperparatireoidismo, que realizam tratamento crônico com anticonvulsivantes, glicocorticóides, medicamentos para HIV, antifúngicos; doenças autoimunes, gestantes e lactantes, pacientes com tuberculose, obesidade e idosos em geral.
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O que fazer nesses casos?
A exposição ao sol é um tratamento muito eficaz, pois são poucos os alimentos que contém vitamina D. Entre eles estão o atum fresco, a sardinha, cogumelos, leite e ovo de galinha, oleaginosas e outros alimentos de origem animal, mas a quantidade de vitamina D é baixa.
Lívia explica que o sol é o modo mais natural e eficaz para metabolização da vitamina D. Todo indivíduo tem um éster de colesterol na pele, que é ativado pelos raios solares, sendo metabolizado em vitamina D ativa. Bastam 20 minutos de exposição por dia, preferencialmente antes das 9h ou após as 16h. Fazer atividade física nestes horários, ao ar livre, é uma boa maneira de manter bons níveis de vitamina D no organismo. Mas vale caprichar no filtro solar depois dos primeiros 20 minutos de exposição ao sol.
– Importante ressaltar que não somente o baixo nível de vitamina D é prejudicial, o excesso também pode gerar malefício. Por esse motivo, toda suplementação de vitamina D deve ser acompanhada por um médico – finaliza.
Por: Maria Sarah, Para o Eu Atleta — São Paulo
Fonte: Lívia Marcela é médica endocrinologista, doutora e mestre pela Unifesp, atualmente no cargo de preceptora de Doenças Osteometabólicas na Santa Casa.
Transcrito: https://ge.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2023/02/23/c-falta-de-vitamina-d-pode-aumentar-risco-de-fraqueza-muscular.ghtml