Exercícios com cães: quais os mais indicados para os pets?
Saiba se seu cachorro deve nadar, correr, pular, caminhar ou participar de jogos lúdicos e veja os benefícios das atividades físicas e os cuidados necessários com os amigos de quatro patas
A atividade física ideal para cães vai depender da raça e das particularidades do cachorro, de acordo com a veterinária Isabela Oliveira. Em casa, a especialista explica que os exercícios também são muito bem-vindos. Ela sugere brincar de pega-pega, simular uma corrida com obstáculos ou fazer cabo de guerra com um pano. Isso aumenta a conexão entre humanos e pets, além de promover o gasto de energia de ambos, acrescenta. E dá exemplos de atividades físicas que agradam os cãezinhos e contribuem com a sua saúde.
Foto: Reprodução/Internet
Caminhada – Indicada para todos os pets. A intensidade do exercício vai variar de acordo com as limitações do cão. Cães das raças pinscher, shih-tzu, maltês, pug, buldogue francês são ótimos companheiros para caminhadas leves.
Corrida – Alguns cães mais enérgicos e com características de corredores, podem preferir essa atividade mais intensa. Raças como os galgos, border collie ou Jack Russell Terrier são alguns exemplos.
Natação – Ótima opção de atividade física para os cães, principalmente das raças Labrador e Golden Retriever. Porém, cães braquicefálicos como das raças Shih tzu, Pug, Pequinês, Bulldog Inglês devem estar acompanhados de uma boia e sob vigilância do seu tutor, devido às limitações respiratórias.
Agility – Exercício perfeito para treinar agilidade, obediência e inteligência do pet ao ensiná-lo a superar obstáculos através de saltos e outras estratégias. Qualquer cão saudável pode ser treinado para essa prática.
Canicross, o cross country com cães – Essa atividade pode ser realizada com cães de raça de médio e grande porte, que não tenham limitações locomotoras.
Frisbee/ Bolinhas – Também inclui todas as raças de cães, e é uma ótima opção de atividade física em parques.
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– O recomendado são pelo menos 30 minutos de alguma prática (de exercícios) todos os dias, para todas as raças. Apenas cães idosos ou que tenham algum tipo de limitação locomotora, como disfunções articulares por exemplo, precisam ter a atividade física mais restrita, e sob acompanhamento de um médico veterinário – explica.
Na corrida, na caminhada e no canicross, o dono corre ou caminha junto com o cão. Nos jogos de frisbee e bolinha, também é exigido que o dono se movimente. E na natação, o ideal é que esteja junto, na piscina, nadando e brincando. Ou seja, na maioria das vezes, exercitar o cãozinho é uma maneira de exercitar também a pessoa responsável por ele. Um incentivo, até, já que obriga que a pessoa se levante do sofá e vá para a rua ou a piscina com seu amigo de quatro patas.
Benefícios
Atividades lúdicas com frisbee são um ótimo exercício para o cãozinho Foto: Reprodução/Internet
Para os cães, a prática de exercícios ajuda:
1. No controle do peso;
2. Na consequente prevenção de diabetes e problemas cardiovasculares;
3. Na redução da ansiedade e do estresse;
4. No fortalecimento muscular;
5. A estimular os sentidos;
6. Na socialização com outros animais e outras pessoas.
– E tudo isso contribui para a melhor saúde mental dos pets, além de aumentar a confiança no seu tutor. Os humanos tem família, tem amigos, filhos. Um cachorro, na maioria das vezes, só tem seu humano. Por isso, requerem atenção. Então ter esses momentos do dia totalmente dedicados ao cão, farão toda a diferença na relação entre tutor e pet – reforçou a especialista.
Cuidados
Não se deve deixar os cães brincando sozinhos na piscina, mesmo que eles nadem bem, pois podem cansar e se afogar —Foto: Reprodução/Internet
Leve seu cão a um veterinário antes de começar uma atividade e volte todo ano;
Faça caminhadas ou corridas antes das 10h ou após as 16h, ou seja, evitar os horários mais quentes do dia, principalmente no verão;
Evite chão de piso frio, escorregadio;
Não corra com o cão no asfalto quente para não queimar as patas do cão. Gramados costumam ser mais adequados;
Evite locais esburacados, que possam favorecer lesões;
Na corrida, use guias específicas para a atividade, que não ofereçam risco de enforcamento. O ideal é avaliar com o veterinário qual a mais adequada para o seu cachorro;
É importante que a guia seja presa à sua cintura, para que você possa ter as mãos livres para acompanhar o ritmo do seu amigo de quatro patas;
Mantenha o pet com antiparasitários e vacinas em dia, especialmente se for ter contato com outros animais;
Aguarde uma hora depois de o cão se alimentar para fazer atividades de alta intensidade, para evitar a torção gástrica, que pode ser até fatal;
Esteja atento ao consumo de agua durante o exercício, pois após alguns minutos de atividade, as frequências cardíaca e respiratória dos cães se elevam e o animal pode ficar cansado. Cães sedentários, obesos ou idosos podem se cansar ainda mais facilmente. Nesse caso, a médica veterinária aconselha sempre fornecer água antes e levar uma garrafinha para hidratação gradativa durante a prática da atividade física com o pet;
Na piscina, não deixe seu cachorro sozinho, para não haver risco de afogamento;
Não deixe que ele beba a água da piscina. Se ele estiver com sede, ofereça água própria para o consumo;
Dê um banho completo depois de nadar, para tirar o sal ou o cloro dos pelos e do corpo do cãozinho;
Em todas as modalidades, respeite os limites do seu cão. Se ele começar a demonstrar cansaço ou ficar ofegante, é hora de descansar.
– Muita gente passeia com o cachorro imediatamente depois de ele comer, para que ele possa urinar e defecar de forma regular, fora de casa. O principal problema desta prática é que aumentamos o risco de o cachorro sofrer uma torção gástrica, uma síndrome que afeta principalmente cães de grande porte, e provoca a dilatação e a torção do estômago, podendo causar a morte do animal se não for tratado a tempo – alerta.
A veterinária destaca ainda a necessidade de uma nutrição de qualidade, que está intimamente ligada à performance dos animais nas atividades físicas.
– O ideal é incluir na alimentação suplementos que contenham vitaminas como a B2 e B12 que são essenciais para deixar cachorro com ossos e músculos fortes, o colágeno, que auxilia no fortalecimento das articulações, e ômega 3,
auxilia na proteção para os neurônios, minimizando as perdas cognitivas. O animal melhora o interesse de brincar, fazer exercícios e interagir mais com o ambiente – completa, ressaltando que essas estratégias de nutrição devem ser avaliadas individualmente pelos veterinários, de acordo com o porte, a raça e o histórico de cada cão.
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Dicas extras:
– Sempre ter muita paciência durante as caminhadas com o cão. Um bom passeio é aquele que tem estímulos sensoriais. Os cães, por instinto, conhecem o local e outros cachorros pelo olfato. Então, em uma caminhada mais tranquila, ao ar livre, deixar o cachorro cheirar o ambiente e conhecer outros cães pode tornar a atividade mais saudável e feliz.
– Em gatos, a prática de exercícios é um pouco mais limitada. Dificilmente será possível fazer uma caminhada com o bichano, por exemplo. Mas introduzir dentro de casa elementos que estimulem a prática de atividades nessa espécie é muito importante, como prateleiras onde eles possam subir e descer e brinquedos para correr atrás ou pegar como ratinhos de borracha, bolinhas e cordões. Isso vai favorecer o gasto calórico e ainda melhorar a saúde mental e física dos felinos.
Carol e Olívia
Carol corre com Olivia e outro cãozinho no parque Ibirapuera — Foto: Divulgação
Parceiras de corrida há mais de um ano, a cientista social e do consumo Carol Peters Ferrão e sua cachorrinha correm em torno de 10 km duas vezes na semana. A cachorra Whippet de 2 anos e 7 meses é uma frequentadora do parque Ibirapuera, em São Paulo. Carol acredita que a parceria ajudou na conexão entre as duas e na tranquilidade de Olivia em casa.
– O exercício entrou na rotina dela. Ela já sabe a coleira, o cinto, tudo que usamos para os dias de corrida. Fazemos sempre o mesmo percurso durante a semana, para ser algo que ela sabe onde começa e onde termina. Finais de semana, quando viajamos, sempre corremos para explorar novos lugares. Normalmente, vamos para praia, e ela adora correr na areia, onde é mais fofo – conta.
Olivia faz check-up no veterinário de 6 em 6 meses para ver se está tudo certo, principalmente na área cardiovascular, explica a cientista social. Além disso, Carol fez acompanhamento médico desde o início dos treinos, com 300 metros, até o 8º mês, quando a pet começou a correr percursos mais longos. A corredora também ressalta que não se pode correr com coleiras comuns, porque o pet pode puxar e se enforcar. Existem guias específicas para a atividade física.
– O cachorro não vai parar se você não parar antes. Ele quer estar com o dono, e são muito leais. Então cabe a nós regular a intensidade, fazer pausas para oferecer água, e entender que ele também cansa e tem o próprio limite. Eu adoro correr com ela, porque me sinto aproveitando cada minuto e cada quilômetro. É algo muito mágico e gostoso – destacou.
Os principais benefícios notados pela dona são: conexão entre elas e a saúde física e mental, também das duas. Outra coisa destacada por Carol é o sistema de premiação. Segundo a corredora, é importante que o cão entenda que é um exercício que possui começo, meio e fim. Ou seja, no final da corrida, ela premia Olivia com um lanchinho e a liberdade da guia na área específica para cachorros no parque Ibirapuera.
Por: Rebeca Letieri, para o Eu Atleta — Rio de Janeiro
Fontes: sabela Oliveira é médica veterinária pela UniFio, com experiência na área clínica e cirúrgica de pequenos animais. Membro da equipe da startup Petvi.
Transcrito: https://ge.globo.com/eu-atleta/treinos/noticia/2022/05/11/exercicios-com-caes-quais-os-mais-indicados-para-os-pets.ghtml