Estudo afirma relação entre obesidade, IMC e risco cardíaco
Estudo afirma relação entre obesidade, IMC e risco cardíaco
Aumento do Índice de Massa Corporal tem impacto na incidência de doenças cardiovasculares. Nutricionista Cris Perroni explica e dá dicas
A população mundial está ficando mais pesada, e o sobrepeso e a obesidade vêm aumentando. Quais são as possíveis causas desse ganho de peso? A conta é simples: ingerimos mais calorias e gastamos menos energia. Dois terço das mortes no mundo são decorrentes de doenças cardiovasculares. Estudo de agosto deste ano (2021) confirma grande correlação entre o aumento do Índice de Massa Corporal (IMC) – adiposidade – e o maior risco de doenças cardiovasculares.
– Fórmula do IMC: peso ÷ (altura x altura)
– Classificação pelo IMC:
<18,5 kg/m² – Baixo peso
18,5 a 24,9 kg/m² – Peso adequado
25 a 29,9 kg/m² – Excesso de peso
30 a 34,9 kg/m² – Obesidade grau 1
35 a 39,9 kg/m² – Obesidade grau 2
> ou = 40 kg/m² – Obesidade extrema
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o IMC entre 18,5 a 24,9 representa a faixa de peso adequada e o menor risco para algumas doenças. Entretanto, o IMC não deve ser avaliado isoladamente porque não diferencia sexo e composição corporal. Sabe-se que a localização da gordura corporal também tem importância: o aumento da gordura visceral (aumento da circunferência do abdômen) tem maior correlação com doenças cardiovasculares, hipertensão e diabetes.
Ao longo dos anos a qualidade da alimentação piorou. Gourmetizamos a alimentação do dia a dia, com aumento da ingestão de alimentos ultraprocessados e maior oferta de alimentos em geral. Em contrapartida há menor gasto energético, redução no movimento, automação do trabalho e melhora nos meios de transportes.
Durante a pandemia do Covid-19, o ganho de peso aumentou. O “fique em casa”, trabalho em home office e estudo remoto foram importantes, mas geraram menos movimento. Reduzimos ainda mais o gasto energético, houve piora da qualidade alimentar, maior ingestão de alimentos e de bebida alcoólica. Houve ganho de peso nos jovens e adolescentes, que pode trazer impacto negativo à saúde na fase adulta, com aumento do risco de doenças cardiometabólicas.
Dicas da nutri:
1. Mantenha um peso saudável e boa composição corporal;
2. É preciso melhorar a qualidade da alimentação e limitar a quantidade de alimentos ingeridos;
3. Evite ou reduza o consumo de alimentos ultraprocessados;
4. Cozinhe mais e desembale menos;
5. Porcione os alimentos. Faça empratados, evitando travessas na mesa e repetir o prato;
6. Atenção ao preparo dos alimentos. Evite frituras e adição de queijos e molhos cremosos, que aumentam o valor calórico das preparações;
7. Ingira, diariamente, cinco porções de frutas, verduras e legumes;
8. Planeje sua semana, compra de alimentos ou pedido de refeições prontas. Negocie e aprenda a fazer melhores escolhas. Invista na sua semana e negocie o final de semana;
9. Faça check up regularmente. Mantenha seus exames em dia;
10. Mantenha-se ativo. Fazer exercício não é uma opção, opção é a escolha da modalidade.
Por: – Rio de Janeiro
Fonte: Cris Perroni, Nutricionista formada pela UFRJ, pós-graduada em obesidade e emagrecimento, com especialização em nutrição clínica e em nutrição esportiva
Transcrito: https://ge.globo.com/eu-atleta/nutricao/post/2021/09/13/estudo-afirma-relacao-entre-obesidade-imc-e-risco-cardiaco.ghtml