Estilo de vida ativo e alimentação saudável como fatores de prevenção de doenças crônicas
Quando falamos de doenças crônicas é importante pensar nos processo de envelhecimento e nas suas consequências naturais, uma vez que a velhice constitui uma das maiores preocupações da humanidade desde os primórdios da civilização.
A prática regular de atividades físicas leva a uma melhora do condicionamento muscular e cardiorrespiratório, o que contribui para a diminuição do risco das DCNT
Quando falamos de doenças crônicas é importante pensar nos processo de envelhecimento e nas suas consequências naturais, uma vez que a velhice constitui uma das maiores preocupações da humanidade desde os primórdios da civilização. Segundo o médico André Scariot, do Pronto-Socorro do Hospital Delphina Rinaldi Abdel Aziz, administrado pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), entre esse processo e essas consequências existem as patologias que podem ser evitadas com ações preventivas: o estilo de vida ativo e a alimentação saudável.
A prática de atividade física regular é um dos principais componentes na prevenção das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas, entre outras que juntas, são responsáveis por mais de 72% das causas de mortes no Brasil, segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A média mundial de mortes em decorrência desses motivos é de 63%.
A prática regular de atividades físicas leva a uma melhora do condicionamento muscular e cardiorrespiratório, o que contribui para a diminuição do risco das DCNT. Além dos efeitos sobre o corpo, a atividade física possui efeitos na saúde mental, contribuindo para a redução do estresse, melhora de quadros de depressão, aumento da autoestima e da sensação de bem-estar. No processo de envelhecimento, uma rotina ativa é especialmente importante para a manutenção da autonomia nas atividades diárias e na prevenção do risco de quedas.
Passados cinco meses que incluiu a academia como atividade diária em sua rotina e que passou a adotar critérios com a alimentação, a estudante de contabilidade, Anne Bentes, 22, sente mais energia para encarar os estudos e o trabalho. Ela acorda 15 minutos para às 5h. Faz uma hora e meia de academia, depois vai trabalhar e à noite estudar. Sai da faculdade por volta de 22h e quando chega a casa onde mora se prepara para dormir, certo? Errado! Anne segue até meia-noite acordada revendo matérias ou fazendo os trabalhos do curso de contabilidade.
“Desde que inclui a academia e a alimentação faço tudo isso com muita disposição. Não excluo a academia dos meus fins de semana e feriados. Em relação a alimentação, não deixo de ler os rótulos dos produtos. Se tem muito sódio e muitas calorias eu dispenso. Evito refrigerantes, massas e pães. Mantenho uma ingestão diária de carboidrato dentro de um limite”, declarou a universitária.
“A alimentação saudável contribui de maneira substancial para a qualidade de vida. Para tal, a alimentação deve ser baseada no consumo de alimentos ricos em minerais e nutrientes, além de proporcionar uma experiência prazerosa, sabor, cor, aroma, forma, textura e etc. E refletir positivamente na promoção da saúde do indivíduo. Assim, o consumo de frutas, hortaliças grãos integrais, leguminosas, peixes, aves, carne vermelha magra e ovos são recomendados”, disse o médico André Scariot.
De acordo com a pesquisa Vigitel, a cidade do Rio de Janeiro foi a que apresentou o maior índice de entrevistados com diabetes (8,8%), seguida por Porto Alegre (8,7%) e Campo Grande (7,9%). Em Manaus, o índice é de 7,2%. Enquanto isso, Palmas (3,9%) apresenta o menor percentual de população adulta com diagnóstico de diabetes, junto com São Luís (4,4%), Boa Vista (4,6%) e Macapá (4,6%). O Vigitel entrevistou 54 mil adultos que vivem nas capitais brasileiras. O estudo ainda mostra que a doença é mais frequente em mulheres (7,8%) do que nos homens (6,9%) e se torna mais comum com o avanço da idade. Além disso, a falta de atividade física aumenta de 20% a 30% o risco de mortalidade.
Os maus hábitos como o uso de drogas, ingestão de bebidas alcoólicas, alimentos industrializados – fast food, biscoitos recheados e frituras – e uso exagerado do cigarro interferem negativamente na saúde, quer seja como condição facilitadora do sobrepeso/obesidade associados à síndrome metabólica e diabetes ou promovendo dislipidemias que se associam a doenças cardiovasculares e ainda a alterações gastrointestinais, intestino irritável e câncer, avaliou o médico.
Segundo a revista de Saúde Pública, o fumo é responsável por 71% dos casos de câncer de pulmão, 42% dos casos de doenças respiratórias crônicas e quase 10% dos casos de doenças cardiovasculares. Estima-se que cerca de 50% dos óbitos relacionados ao álcool sejam devido às DCNT como cânceres e cirrose hepática.
Portanto, o tripé da qualidade de vida é formado por alimentação balanceada, atividade física regular e hábitos saudáveis. Evitar o consumo de álcool e não fumar são as maiores armas para prevenir doenças crônicas e consequentemente, diminuir os índices de morbiletalidade.
Escrito por: Dr. André Scariot
Fonte: André Scariot,médico do Pronto-Socorro do Hospital Delphina Rinaldi Abdel Aziz, administrado pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed),
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Transcrito:http://revistasuplementacao.com.br/?page=interna&slug=estilo_de_vida_ativo_e_alimentacao_saudavel_como_fatores_de_prevencao_de_doencas_cronicas