Especialistas ajudam a diagnosticar rapidamente os sintomas da apendicite
A apendicite surge do nada e pode acontecer em qualquer idade, no entanto, é mais comum em crianças e jovens. Por ser uma inflamação de rápida evolução, o diagnóstico preciso e urgente é fundamental. “Os exames clínico e físico são os mais importantes para o diagnóstico da apendicite. Quando o paciente chega com suspeita de apendicite, o médico deve avaliar o estado geral da pessoa, o tipo de dor, se tem febre, diarreia, sem falar no exame físico (apalpação) que indica melhor as chances da doença”, afirma a médica cirurgiã do aparelho digestivo, Dra Clarissa Guedes.
Outros exames que ajudam no diagnóstico são os de imagem, como ultrassom e tomografia. “Quanto aos exames de imagem, há achados sugestivos tanto na ultrassonografia, quanto na tomografia. Normalmente, a ultrassom termina sendo uma modalidade de menor risco para o paciente, auxiliando em diagnósticos diferenciais para dor abdominal. Já a tomografia computadorizada vem ganhando mais notoriedade como exame de escolha, por apresentar maior sensibilidade que a USG”, indica o médico radiologista da Lucilo Maranhão Diagnóstico, Dr Marcos Miranda Filho.
O apêndice é uma bolsa que sai do intestino grosso, e que produz algumas células de defesa. “Nas crianças, a produção das células é maior que no adulto, sendo a principal causa da inflamação nos pequenos. Já no adulto, a produção dessas células é insignificante, e normalmente a causa costuma ter relação com entupimento por pedacinho de cocô”, afirma Clarissa.
A evolução da doença é rápida, entre 12h à 24h a inflamação muda de fase. Inicialmente tem o inchaço e em poucas horas evoluiu para pus e perfurações, tornando-se grave. Sobre os sintomas, “no início pode apresentar dor geral, muitas vezes periumbilical. Em seguida, ela começa a se localizar na parte inferior direita do abdome”, indica Clarissa. Entre os outros sintomas associados estão: mal estar, febre, náusea, vômito, diarreia, intestino preso e perda de apetite. O tratamento mais recomendado é o cirúrgico, no entanto, em alguns casos, a cirurgia pode ser adiada com antibióticos.
Por: Carol Dias
Fonte: Dra. Clarissa Guedes, médica cirurgiã do aparelho digestivo