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Dormir pouco prejudica o treino, a recuperação muscular e traz problemas

Nós passamos cerca de um terço da nossa vida dormindo, mas isso não é desculpa para ficar deitado. Afinal, quem faz atividade física tem um sono melhor. Confira tudo no quadro Eu Atleta no Bem Estar

Quando está aquele dia chuvoso, com um friozinho que não dá vontade de sair da casa, o sono vem e parece mais um inimigo da atividade física. Mas para ter um bom desempenho esportivo nos treinos e melhorar nossa imunidade, ele é fundamental. Nós passamos cerca de um terço da nossa vida dormindo, mas isso não é desculpa para ficar deitado. Isso porque o sono atua diretamente no esporte liberando hormônios que ajudam na recuperação muscular.

  • Existe uma fase de sono que é a N3, a fase de sono profundo, neste momento que produzimos o GH, que é o hormônio do crescimento. Ele que está responsável pelo nosso vigor físico, pelo nosso tônus muscular, para diminuir lesões das fibras musculares. Então é extremamente importante este hormônio na nossa rotina do dia a dia. Quem faz atividade física também terá um sono melhor – destacou a neurologista Andréa Bacelar, presidente da Associação Brasileira do Sono, ao quadro Eu Atleta no Bem Estar.

A médica explica que os hormônios continuam atuando quando acordamos, por isso se exercitar pela manhã é mais indicado. Ou seja, o ideal seria fazer a atividade física depois do despertar.
– Muitos artigos atualmente falam não só na privação de sono e dormir pouco como também falam nos perigos de dormir muito. Indivíduos que precisam de nove ou dez horas de sono, isso aumenta o risco de doença no cérebro e doenças cardiovasculares – explicou Andréa.

Quando nosso corpo é submetido aos estímulos que as atividades físicas impõem, é durante o período de recuperação e, particularmente durante o sono, que os benefícios adaptativos se processam. Noites mal dormidas, além de comprometerem seu ânimo e energia para o dia seguinte, minam um projeto de saúde.
– Em outras palavras, não nos adaptamos aos efeitos do treinamento enquanto treinamos, mas sim quando descansamos – ressaltou o fisiologista Turibio Barros, especialista do Eu Atleta.
Por isso, a quantidade de horas que se dorme é tão importante. A professora Mariana Lima, por exemplo, teve muitos anos de insônia e demorou a superar o problema.

  • Meu marido falava que iria me arrumar um emprego de vigia, pois eu dormia umas três horas, depois acordava e quando estava na hora de acordar eu conseguia cochilar mais meia horinha, era horrível – contou.

A solução da Mariana foi largar a cama de lado e começar a se exercitar com regularidade. A partir daí, tudo mudou na vida dela. E para melhor:

  • Hoje eu durmo oito horas profundamente, não acordo e sem remédio sem nada disso, só com exercício físico, na verdade – encerrou.

Por: Juliano Ceglia, Rio de Janeiro

Fonte: Andréa Bacelar, presidente da Associação Brasileira do Sono,

Transcrito:https://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/dormir-pouco-prejudica-o-treino-a-recuperacao-muscular-e-traz-problemas.ghtml

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