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Dezembro Laranja: aumenta o número de pacientes jovens desenvolvendo tumores de pele

Conhecido como Dezembro Laranja, o mês de dezembro é voltado para a conscientização sobre o câncer de pele, o tipo da doença que mais cresce no Brasil. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, para 2019, mais de 165 mil novos casos de câncer não melanoma, respondendo por 30% de todos os diagnósticos da doença no Brasil. Já o câncer de pele melanoma, agressivo e mais raro, representa apenas 3% das neoplasias malignas, com uma taxa de 6.260 novos casos para este ano.

“A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com a região afetada, definem-se os diferentes tipos de câncer”, explica o dermatologista Victor Bechara. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares (tipos conhecidos como “não melanoma”). Já o melanoma é bem mais raro, mas pode ser letal.

Segundo o cirurgião plástico Luiz Victor Carneiro Jr, é cada vez maior a incidência da doença entre pessoas mais novas, entre 25 e 40 anos. “Posso dizer que tive um aumento de 10% no número de atendimento dos casos de câncer de pele nos últimos dois anos. Além disso, tenho recebido muitos pacientes jovens com diagnósticos de câncer não melanoma, tipo que era mais comum a partir dos 50 anos. Agora, recebo pessoas com 25, 35 anos…”, ressalta o médico.

Sintomas

Em casos de câncer não melanoma, a doença se desenvolve em áreas muito expostas ao sol, como cabeça, face, pescoço e dorso das mãos. “Ele pode crescer na largura e na profundidade, destruindo o tecido da pele”, conta Victor. O sinal de alerta é uma lesão que não cicatriza em 28 dias. Com o diagnóstico e tratamento precoce, é altamente curável.

O melanoma se origina nos melanócitos, células produtoras de melanina. Na maioria dos casos, as pintas apresentam uma coloração marrom ou negra. “Nos homens, os sinais costumam aparecer no tronco e, nas mulheres, na região das pernas. O pescoço e o rosto também são locais comuns”, afirma. Nesses casos, a gravidade é por conta do diagnóstico tardio. “O melanoma cresce primeiro para os lados. Portanto, assim que isso for observado, procure um médico para evitar que a doença atinja as camadas mais profundas da pele. Se detectado no início, o câncer pode ser tratado cirurgicamente. Em casos de metástase, o tratamento é sistêmico”, pontua o dermatologista.

Prevenção

Os tumores de pele estão relacionados a alguns fatores de risco que envolvem, principalmente, a exposição aos raios UV. Pessoas com a pele muito clara, que têm história familiar de câncer de pele e que trabalham sob o sol são mais vulneráveis à doença. A recomendação é evitar a exposição solar das 10h às 16h e utilizar sempre filtros com fator de proteção 30 ou mais, além de chapéus, guarda-sol e óculos escuros.

De acordo com Dr. Victor, as regiões mais afetadas pelo câncer são aquelas que, normalmente, são esquecidas na hora da aplicação (e reaplicação) do filtro solar. “Isso inclui áreas como orelhas, pálpebras, parte superior dos lábios – entre o nariz e a boca –, além do dorso do pé”, alerta.

Por: Erica Haynes <ericah@datzcomunicacao.com>

Fonte: Dermatologista Victor Bechara: Formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e pela Ludwig Maximilians University, na Alemanha, Victor é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Especialista em Laser pela Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, já trabalhou na Clínica Dr. Alexandre Filippo e no Centro Dermatológico Prof. Azulay. Atualmente, atende em consultório próprio, no Leblon.

Cirurgião plástico Luiz Victor Carneiro Jr: Membro eleito da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica, atuou durante 14 anos na Clínica Ivo Pitanguy e é co-editor do livro Cirurgia Plástica para Formação do Especialista. Também é membro eleito da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Sociedade Brasileira de Queimadura, da Sociedade Brasileira de Cirurgia plástica, e é filiado ao Colégio Internacional de Cirurgiões.

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