Descubra quem deve tirar o leite e o glúten da dieta
Assim como todo bom vilão do cinema, os alimentos considerados ruins para o corpo humano também têm seu lado bom. Os laticínios, por exemplo, fornecem altos teores de cálcio, proteínas, vitaminas do complexo B e outros nutrientes. Já o trigo, em sua forma integral, é rico em fibras, minerais e vitaminas. Descubra quem deve tirar o leite e o glúten da dieta!
“Sozinho, o glúten não traz muitos benefícios, mas ele é encontrado em alimentos, como grãos inteiros, que têm muitas fibras, vitaminas do complexo B, zinco e ferro. Por isso, cortar esses alimentos pode levar a uma ineficiência de nutrientes”, diz Cristiane Oselame, nutricionista, professora e pesquisadora.
Por isso, por mais que excluir esses dois ingredientes do prato esteja na moda, grande parte dos especialistas só indica aboli-los por inteiro em caso de alergias imediatas a eles, que é o caso da APLV (alergia ao leite), doença celíaca (alergia ao trigo) e dermatite herpetiforme.
Em outros casos, a exclusão não precisa, na maioria das vezes, ser total. Tudo depende de qual é o grau de intolerância de cada pessoa. Mas é bom ficar atento às quantidades e à frequência, segundo a nutricionista Luana Vasconcelos. “Os processos inflamatórios que a proteína do leite e o glúten podem causar atingem a todos aqueles que os consomem em excesso”.
Se você desconfiar que o seu desconforto abdominal, a sua enxaqueca ou qualquer outro problema de saúde esteja relacionado a algum tipo de alergia alimentar, o recomendado é procurar um especialista para confirmar a suspeita antes de excluir esses alimentos da dieta, principalmente no caso do glúten. “A retirada da proteína por conta própria antes de ser realmente detectada a intolerância pode atrapalhar o diagnóstico, em especial em pacientes com doença celíaca”, alerta Vera Lucia Sdepanian, gastroenterologista e professora da Unifesp.
Quando a pessoa deixa de ingerir o glúten antes dos exames, os resultados podem dar negativos, mesmo o paciente sendo portador da doença celíaca, por exemplo. “O problema é que, além da doença não ser detectada, o corpo pode sofrer reações muito mais sérias na reintrodução do alimento”, explica Ariana Campos Yang, médica e diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia da Regional São Paulo.
Por:Evelyn Cristine
Cristiane Oselame, nutricionista, professora e pesquisadora.
Fonte: Vera Lucia Sdepanian, gastroenterologista e professora da Unifesp.