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Cuidado com os olhos durante o São João é crucial para preservar a visão

Além da fumaça, que irrita os olhos, os fogos e cinzas podem causar danos permanentes à visão

Fogueiras e fogos de artifício são parte da tradição junina. Porém, junto com o tempo instável comum à época, podem agravar problemas respiratórios, auditivos e, claro, de visão. Até quem normalmente não tem problemas relacionados à alergia e irritação dos olhos sofre com a intensa fumaça e pode ser vítima de queimaduras. De acordo com o médico oftalmologista Dr. Lúcio Maranhão, do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE), a incidência de problemas na visão aumenta em cerca de 30%. “É preciso ter cuidado com as cinzas que saem das fogueiras e podem atingir os olhos, causando irritação ocular, olho vermelho e traumas mais graves, como queimaduras oculares”, explica.

As queimaduras oculares, por exemplo, chegam a aumentar 10%, variando desde queimaduras e traumatismos, até danos permanentes à visão. A córnea e a pálpebra são os locais mais acometidos. Um dos fatores que mais causam acidentes é o fato de as pessoas se aproximarem para tocar nos fogos que não explodiram. Esses estilhaços podem perfurar o globo ocular causando destruição de tecidos e comprometendo seriamente a visão. Até o aparentemente inofensivo traque de massa é capaz de causar lesão à córnea. Para esses casos, a dica é jamais se aproximar dos explosivos, além de acompanhar as crianças na hora de manipular os fogos.

 

“É importante observar a data de validade e o certificado de garantia dos explosivos, seguir atentamente as instruções do fabricante, não permitir que as crianças façam uso dos fogos sem supervisão de um responsável, nunca segurar os fogos com as mãos e jamais associar bebida alcoólica ao uso de explosivos”, alerta Dr. Lúcio Maranhão. Em caso de queimadura, o procedimento correto a se fazer é lavar imediatamente os olhos com água limpa e corrente

De acordo com Lúcio Maranhão, após o cuidado inicial, faz-se necessário uma avaliação de emergência com o oftalmologista para averiguar a extensão do dano e iniciar o tratamento específico, clínico ou cirúrgico. “Vale atentar que a rapidez do socorro é de extrema importância, pois às vezes a demora em socorrer a vítima é fator determinante para que ocorra a perda da visão”, aconselha.

Por: Manu Ferreira

Fonte: Dr. Lúcio Maranhão,médico oftalmologista do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE),

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