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Cortisol: o que é e quais os efeitos no corpo

Conhecido popularmente como hormônio do estresse, o cortisol ajuda o corpo a se adequar a situações de perigo ou tensão

O cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, localizadas acima dos rins, e que comanda diversas atividades regulatórias do corpo, como o humor, a motivação e o medo. Os níveis de açúcar também são controlados por esse hormônio, o que possibilita a redução de inflamações e o monitoramento da utilização das gorduras, carboidratos e proteínas pelo organismo.

Cortisol: o que é

Hormônio que ajuda a regular o corpo em situações de estresse, cortisol é produzido nas glândulas suprarrenais, localizadas acima dos rins — Foto: iStock

— O cortisol faz parte de um grande sistema do nosso corpo, o de defesa, chamado de Sistema Neuroendócrino Imune. Todas as vezes que somos atacados por vírus ou bactéria, estamos vivendo momento de estresse ou sentindo calor ou frio intenso, o corpo lança mão de diversos mecanismos para voltar à normalidade. E o cortisol, assim como outros hormônios, possui a função ajudar neste processo de retorno ao equilíbrio (homeostase) — explica a médica endocrinologista Milena Caldato, diretora do Departamento de Adrenal e Hipertensão da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

O cortisol tem sido popularizado como o “hormônio do estresse”, geralmente com uma conotação negativa. Os especialistas esclarecem que se deve ter cuidado ao usar esse termo, pois pode passar a ideia errada de que o cortisol é o hormônio que promove o estresse. E, na verdade, é justamente o contrário: o cortisol é o hormônio que ajuda o corpo a se adequar a situações de estresse.

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— Em quase todas as espécies, não apenas no ser humano, o cortisol é liberado em situações de perigo, tanto físico quanto psicológico. Esse hormônio é produzido e secretado pelas glândulas suprarrenais e age com o sistema nervoso simpático para fazer com que o nosso corpo se adapte e possa responder bem ao estresse, seja físico ou psicológico, sendo benéfico, principalmente em casos de estresses agudos. Isso inclui casos como exercício, lesões, infecção, hemorragias, medo e ansiedade. Em todos esses casos, após poucos segundos a minutos de exposição ao estresse, os níveis de cortisol começam a subir para organizar a nossa fisiologia para podermos lidar com o problema — esclarece o biomédico Gabriel Natan Pires, professor de Medicina e Biologia do Sono na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), diretor científico da SleepUp e membro da Associação Brasileira do Sono.

Cortisol: efeitos no corpo

Foto: (Reprodução/Internet)

Em situações de perigo ou estresse, o cortisol é liberado na corrente sanguínea, elevando a pressão arterial e dispersando glicose no sangue, aumentando a força muscular e alterando as respostas do sistema imunológico.

— A duração da produção excessiva de cortisol é um aspecto importante. Os níveis elevados de cortisol normais são temporários e, geralmente, retornam à normalidade após a resolução do estresse ou do esforço físico. Os níveis elevados de cortisol dentro da normalidade não costumam causar sintomas graves — pontua o médico endocrinologista Fábio Moura, que atua no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, da Universidade de Pernambuco (HUOC/UPE), e é diretor da SBEM.

Os especialistas ouvidos pelo EU Atleta ressaltam que é importante monitorar e administrar os níveis de cortisol em situações de estresse prolongado. Uma abordagem multiprofissional, combinando mudanças no estilo de vida, terapia e, quando necessário, intervenção médica, pode ser eficaz para manter os níveis de cortisol em uma faixa saudável.

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Por: Úrsula Neves, para o EU Atleta — Rio de Janeiro

Fonte: Fábio Moura é médico endocrinologista do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, da Universidade de Pernambuco (HUOC/UPE), e diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

Gabriel Natan Pires (@gnspires) é biomédico, professor de Medicina e Biologia do Sono na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), diretor científico da SleepUp e membro da Associação Brasileira do Sono.

Milena Caldato é médica endocrinologista, coordenadora do serviço de Endocrinologia do Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa) e da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e diretora do Departamento de Adrenal e Hipertensão da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

Transcrito:https://ge.globo.com/eu-atleta/nutricao/noticia/2024/07/11/ultraprocessados-que-matam-57-mil-por-ano-ficam-fora-do-imposto-seletivo.ghtml

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