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Cinco meses de pandemia e quarentena: como reduzir o impacto na saúde

Nutricionista explica estudo europeu que aponta caminhos para evitar as consequências ruins da mudança do estilo de vida em função do coronavírus. Veja dicas para alimentação e exercícios

Chegamos a cinco meses do início da quarentena, no Brasil, em função da pandemia de coronavírus. Se tivéssemos um comparativo da saúde da população em 14 de março, data do início do isolamento social, e em 14 de agosto, veríamos que quase todos sofreram algum impacto na saúde. Afinal, o confinamento ocasionou redução nas atividades diárias e na interação social, um maior inatividade física, o aumento da ingestão alimentar e má qualidade nutricional. Lembrando que a inatividade física está relacionada à redução da massa muscular, resistência à insulina, ganho de peso e aumento da gordura abdominal. Estudo europeu sobre as consequências da mudança do estilo de vida o impacto do sedentarismo e da má alimentação no período de isolamento na pandemia do Covid-19, com várias complicações para a saúde, como alterações musculares, cardíacas, endócrinas, metabólicas e no sistema nervoso.

A redução das atividades diárias, a redução do exercício físico e o sedentarismo não vieram acompanhados da redução do apetite. Ao contrário. O maior nível de estresse, a insegurança, a falta de perspectiva, a ociosidade e a desorganização do estilo de vida levaram à piora da qualidade alimentar. Logo no início da pandemia houve maior compra de alimentos ultraprocessados de má qualidade e alta densidade energética, maior consumo de doces e de bebida alcoólica, com ganho de peso e piora na composição corporal.

O estudo europeu ofereceu algumas propostas na área nutricional, como as nove abaixo:

Reeducação alimentar e atividade física são fundamentais para reverter o impacto do isolamento na saúde Foto: Internet

1. Redução de 5 a 25% da ingestão energética para manutenção do peso;

2. Evitar beliscar entre as refeições;

3. Maior consumo de alimentos no café da manhã;

4. Fazer “janela de jejum de 12 horas”;

5. Consumir proteínas magras;

6. Maior ingestão de frutas, verduras e legumes;

7. Consumo moderado de sementes, oleaginosas (castanhas, amendoim) e azeite, que mesmo sendo saudáveis possuem alta concentração energética;

8. Maior consumo proteico: 1,3 g/kg peso/dia;

9. Evitar alimentos refinados.

As pessoas que ainda estão em home office precisam de atenção com o gasto energético, praticar algum exercício regularmente e criar rotina para este período. Em relação à alimentação, é necessário decidir se irão cozinhar, pedir em restaurantes ou “quentinhas personalizadas”; opções não faltam.

Mantenha-se ativo e pratique exercício físico regularmente. Para manutenção da saúde e prevenção de doenças cardiovasculares a recomendação é manter de 7.000 a 10.000 passos diários.

Recomendação de exercício físico:

– 150 minutos semanais para manutenção da saúde;

– 300 minutos semanais para redução do peso e melhora da composição corporal.

Agora é um bom momento para check-up da saúde, fazer exames laboratoriais e de imagem. Momento para rever e criar rotinas, repensar objetivos e metas a curto prazo. Tendo um “raio-x” mais preciso da saúde, é possível escolher as melhores estratégias.

Por: Cris Perroni – Rio de Janeiro

Fonte: Cris Perroni, Nutricionista formada pela UFRJ, pós-graduada em obesidade e emagrecimento, com especialização em nutrição clínica e em nutrição esportiva

Transcrito: https://globoesporte.globo.com/eu-atleta/nutricao/post/2020/08/17/cinco-meses-de-pandemia-e-quarentena-como-reduzir-o-impacto-na-saude.ghtml

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