Aumenta o número de casos de câncer colorretal no Brasil
De acordo com o INCA, ele é o segundo tipo de tumor letal com maior incidência em mulheres e o terceiro nos homens
O câncer de Intestino é um dos tipos mais comuns no Brasil, no entanto, pouco ainda é dito sobre essa doença. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), ele é o segundo tipo de tumor letal com maior incidência em mulheres e o terceiro nos homens. O instituto ainda sugere que em 2019 a doença deve registrar 17.380 casos novos de câncer de cólon e reto em homens e 18.980 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 16,83 casos novos a cada 100 mil homens e 17,90 para cada 100 mil mulheres. É o terceiro mais frequente em homens e o segundo entre as mulheres. novos casos, um aumento de 6% em relação ao ano de 2017.
“O câncer de intestino está diretamente relacionado a hábitos de vida não saudáveis, como consumo exagerado de carnes vermelha ou processada, e dieta pobre em legumes, verduras e frutas. Sem falar no sedentarismo, obesidade e consumo excessivo de bebidas alcoólicas e tabagismo”, alerta a médica cirurgiã do sistema digestivo, Clarissa Guedes. Por ano, apenas no Brasil, a doença mata mais de 15 mil pessoas. “O número é alto, no entanto ele pode ser facilmente reduzido com exames preventivos. Quando o câncer colorretal é diagnosticado em estágio inicial, a possibilidade de cura chega a 95%”, afirma a médica.
O câncer de intestino não apresenta sintomas em estágio inicial, tornando o diagnóstico precoce mais difícil. Pessoas com mais de 50 anos chegam a representar 90% dos casos de câncer de intestino. No entanto, alguns sintomas podem ser observados. “Com o desenvolvimento do tumor, alguns sintomas podem se apresentar, como mudanças no hábito intestinal (constipação ou diarreia), anemia, fraqueza, cólica abdominal, sensação de evacuação incompleta, sangramento pelo reto e emagrecimento repentino. Ao perceber essas alterações, é fundamental procurar um médico. Apenas um especialista poderá analisar os sinais e dar o diagnóstico correto”, orienta Clarissa Guedes.
Os exames de colonoscopia e retossigmoidoscopia são os mais indicados para localizar o tumor no intestino e remover os pólipos, que são lesões parecidas com verrugas. “A cirurgia para retirada do tumor é o ponto de partida do tratamento. Após a retirada, é possível fazer uma análise e prever até mesmo o risco da doença voltar e uma necessidade, ou não, de quimioterapia”, conclui a especialista
Por: Carol Dias
Fonte: Clarissa Guedes, médica cirurgiã do sistema digestivo
Instituto Nacional do Câncer (INCA)