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Atividades físicas ajudam no desenvolvimento escolar de crianças e adolescentes

O calendário escolar de crianças e adolescentes sofreu grandes mudanças em 2020. Acostumados ao convívio social diário com professores e colegas, os alunos passaram a estudar em casa, via internet.

A transformação do método de ensino também trouxe mudanças no comportamento. Crianças e adolescentes passaram a ficar conectados a dispositivos digitais por muito mais tempo. Com isso, o sedentarismo e a ansiedade vêm ganhando cada vez mais espaço em suas rotinas.

A retomada das aulas na rede estadual de ensino em Minas Gerais está marcada para o dia 08 de março. A Prefeitura iniciou a programação on-line do dia 1ª de fevereiro. Algumas instituições da rede privada também já iniciaram o calendário. Contudo, a volta das aulas presenciais segue sem previsão. O que, mais uma vez, provoca uma ausência de convívio social e prática de atividades físicas.

Pensando em minimizar os efeitos dessa nova rotina, muitos pais têm recorrido às academias para ajudar os filhos a ficar com a saúde em dia e também se preparar para o retorno às aulas. Uma pesquisa realizada por neurocientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, reforça a importância da atividade física na rotina de crianças e adolescentes e aponta que indivíduos que praticam esportes com frequência têm desempenho 20% superior aos alunos sedentários.

“Retomar as aulas, além de recuperar a rotina de socialização e interação com os colegas e professores, é válido pela importância da ação corporal orientada. A volta à rotina, mesmo que gradativamente, traz ainda mais benefícios para todos. Para as crianças, é um ensaio para a volta às aulas na escola. Os pequenos já entenderam a importância do uso da máscara, de passar álcool em gel nas mãos a todo instante e do distanciamento com todos à sua volta”, ressalta a Paula Toyansk, gerente nacional “Acqua e Kids” da rede de academias Bodytech.

Ainda de acordo com ela, antes da criança chegar à sala de aula para ler, escrever e receber conteúdo de cunho intelectual, ela precisa conhecer e dominar o corpo. “Toda a aprendizagem passa pelo corpo. Escrever não é apenas utilizar uma folha de papel e uma caneta. Precisamos de controle tônico muscular para manter uma postura adequada, coordenação motora fina para colocar a pressão correta no papel ao escrever. É necessário também ter ritmo para escrever, noção de espaço para distribuir os elementos no papel. A atividade física, a brincadeira e o esporte ajudam a sustentar a atenção e manter o foco no que é prioridade”, esclarece.

A especialista reforça que a prática de atividades físicas traz disciplina e contribui para o aprendizado de regras e respeito ao próximo, trabalho em equipe e autoconfiança. “O exercício físico auxilia no desenvolvimento da criança e do adolescente, não apenas no aspecto motor, mas também no cognitivo, no social e afetivo. É pelo corpo que exploramos, conhecemos e aprendemos”, esclarece.

Paula Toyansk listou seis benefícios proporcionados pela atividade física regular no desenvolvimento escolar:

– Fortalece o desenvolvimento motor

– Desenvolve a autoconfiança e as habilidades motoras

– Ensina a respeitar a diversidade que faz parte da sociedade, sobre inclusão social e partilhar e também a trabalhar em grupo

– Facilita o processo de aprendizagem, melhora a capacidade de concentração, estimula o raciocínio lógico

– Contribui para a integração social da criança e do adolescente

– Ajuda a conhecer, a compreender as mudanças e os limites do corpo

Confira dicas para exercitar as crianças em casa

Para os pais e responsáveis que ainda temem deixar os filhos frequentar academia ou até mesmo, em função da queda da renda familiar, no momento não possuem condições financeiras para arcar com os custos, oito brincadeiras podem facilmente ser realizadas em casa*. Veja abaixo:

1) Túnel com cadeiras – 7 meses a 3 anos

A brincadeira é fazer um túnel com cadeiras enfileiradas para os bebês passarem por baixo. Para deixar a travessia mais desafiadora, vale alternar a quantidade de cadeiras, cobri-las com um lençol e colocar obstáculos como brinquedos, almofadas ou utensílios de cozinha no caminho. Os pais podem atravessar junto ou acompanhar a passagem ao lado dos nenéns. “É uma ótima brincadeira para os bebês que estão aprendendo a engatinhar e até para os que já conseguem andar. Trabalha principalmente noção espacial, corporal, força dos membros e coordenação geral”, explica a master trainer da Bodytech Michelle Stracke.

2) Caça ao tesouro – 7 meses a 3 anos

Colocar objetos dentro de potes plásticos opacos fáceis de abrir, espalhar pela casa e pedir para o bebê ir até os potes, abrir e pegar os objetos, que podem ser brinquedos que não deem para engolir ou até mesmo pedaços de frutas. “A ideia é espalhar os ‘baús do tesouro’ em diferentes alturas – em cima do sofá, no chão, na cadeira – para os bebês terem o desafio de pegarem no alto e embaixo. A brincadeira trabalha o deslocamento, a mudança de direção, o levantar, o agachar e a coordenação motora fina”, comenta Michelle.

3) Instrumentos musicais com garrafas – 4 meses a 3 anos

A ideia é montar “chocalhos” com grãos de arroz, feijão ou lentilha dentro de garrafas plásticas para produzir sons, cantar e dançar junto com os bebês. Alimentos de diferentes cores e formatos estimulam também a parte visual. “É uma excelente brincadeira para fazer com bebês de qualquer idade porque o estímulo sonoro ativa o senso de ritmo. Só é importante manter as garrafas muito bem tampadas”, aconselha a especialista.

4) Geleca caseira – a partir dos 6 meses

Os pais misturaram algum tipo de farinha, como maisena ou fubá, com água até formar uma textura gelatinosa e dão ao bebê para brincar. Por ser uma atividade sensorial e de exploração, é natural que a criança se “suje” com a geleca e isso é parte da diversão! Fazer essa brincadeira antes do banho é uma alternativa.

5) Tá quente, tá frio – de 3 a 8 anos

Esconder alguns brinquedos pela casa e dar pistas para as crianças conforme se aproximam – “tá quente!” – ou se afastam do objeto – “tá frio!”. Para aguçar o faro dos pequenos, é legal esconder as peças em diferentes cômodos, alturas e móveis da casa. “É uma brincadeira estimulante para todas as idades porque trabalha a noção de espaço, a concentração e a coordenação geral”, comenta Alexandre de Paula, também master trainer da academia.

6) Telefone sem fio – 4 a 10 anos

O ideal é que tenham, pelo menos, quatro pessoas sentadas uma do lado da outra. A primeira cochicha uma frase para a segunda, como se estivesse contando um segredo. Baixinho, a segunda fala a mesma frase para a terceira e assim por diante. Para deixar a atividade mais desafiadora, na hora de falar a frase para a última pessoa a regra muda: em vez de cochicho, a mensagem tem que ser transmitida com mímica ou desenho em papel. “O telefone sem fio estimula a concentração, a memória e trabalha a oralidade das crianças”, explica Alexandre.

7) Ponte de jornal – 5 a 11 anos

A criança tem duas folhas de jornal: em uma ela está pisando e a outra está na mão dela para ser usada quando der um passo à frente. Dado o passo pra frente, ela pega a que ficou para trás e bota de novo no chão para continuar andando. Os adultos podem propor o caminho, do banheiro até a sala, por exemplo, e ficar acompanhando o trajeto: não pode pisar fora do jornal. “A brincadeira reforça a noção espacial, corporal, o equilíbrio, a flexibilidade e a coordenação motora”, conta o especialista.

8) Gincana da roupa – 5 a 11 anos

Como é uma competição, o ideal é que tenha duas crianças ou um adulto disputando com a criança. Os participantes devem vestir cinco peças de roupa, camiseta, calça, meias, casaco e boné, por exemplo, e ganha quem tirar a roupa toda mais rápido. “É uma ótima brincadeira, recomendada principalmente para crianças a partir de 5 anos. Trabalha a noção corporal, a agilidade e a coordenação motora”, comenta Alexandre.

É importante lembrar que as idades para cada brincadeira são apenas referências. “O tempo de desenvolvimento é muito particular de cada criança. Por exemplo, têm bebês que engatinham aos seis meses e outros que nem chegam a engatinhar e isso é completamente normal. Se forem seguras e despertarem interesse, as brincadeiras valem para todas as idades”, finaliza Paula Toyansk.

Por: redação Encontro

Fonte: Bodytech Belvedere

Michelle Stracke, master trainer da Bodytech

Alexandre de Paula, master trainer da academia.

Paula Toyansk, gerente nacional “Acqua e Kids” da rede de academias Bodytech.

neurocientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos

Transcrito: https://www.msn.com/pt-br/saude/fitness/atividades-f%C3%ADsicas-ajudam-no-desenvolvimento-escolar-de-crian%C3%A7as-e-adolescentes/ar-AAKM2DP?ocid=mailsignout

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