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Atividade física reduz risco de demência em 35%

Médico Luis Fernando Correia explica estudo que acompanhou mais de meio milhão de pessoas entre 2006 e 2020: exercícios podem contrabalançar o que parece uma “sentença” genética

Uma grande preocupação de quem tem um familiar com história de demência costuma ser o fato de o problema poder ser genético e afetar a pessoa no futuro. Mas será que existe algo que possa reverter essa predisposição? Para responder a essa pergunta, pesquisadores da Universidade de Sichaun, na China, desenharam um estudo utilizando dados genéticos do UK Biobank, o maior banco de dados genéticos populacional do mundo. A pesquisa está publicada na edição online desde mês de julho da revista Neurology da Academia Americana de Neurologia.

Exercícios e atividade física diminuem risco de demência: fator de proteção para o cérebro e os processos cognitivos Foto: Gettyimages

Mais de meio milhão de pessoas, sem sinais de demência quando recrutadas, participaram da pesquisa, que aconteceu entre 2006 e 2010. O grupo foi acompanhado por pelo menos dez anos, até 2020

Os participantes responderam a questionários que detalhavam seu dia a dia, atividades físicas como exercício em horas de lazer, atividades domésticas e deslocamentos, usando meios de transporte ou não, atividades mentais como uso de dispositivos eletrônicos, interações sociais e atividades intelectuais.

Ao mesmo tempo, foi estudado o perfil genético de risco para demência desses participantes, através do estudo do genoma completo e determinação do genótipo de uma determinada proteína (Apolipoproteína E – APOE) e da história familiar detalhada de casos de demência.

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Depois de cruzar as informações e levando em conta outros fatores que poderiam confundir o resultado, foram identificados padrões de relação entre o nível de atividade física e intelectual e o risco do aparecimento de demência.

– Participantes que mantinham uma rotina de exercícios físicos vigorosos e mesmo exercícios de média intensidade tinham o risco diminuído em 35%.

– Mesmo as atividades domésticas do dia a dia trouxeram proteção, com uma diminuição de 11% no risco de demência.

– As atividades sociais, com interação frequente com familiares e amigos, também foram uma importante arma na prevenção da diminuição da função cerebral, com redução de 15% de risco.

Esses resultados estatísticos são independentes da predisposição genética, mesmo em pacientes com risco aumentado de demência por doenças vasculares, o que mostra que a atividade física pode contrabalançar o que poderia parecer uma “sentença” genética.

Por: Luis Fernando Correia –

Fonte: Luis Fernando Correia, Clínico e intensivista com certificado em Inovação pelo MIT, ex-chefe da emergência do Samaritano, o Doc hoje se dedica à divulgação de temas ligados à saúde

Transcrito:  https://ge.globo.com/eu-atleta/saude-mental/post/2022/07/28/atividade-fisica-reduz-risco-de-demencia-em-35percent.ght

 

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