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Atividade física previne quase 4 milhões de mortes precoces por ano

Novo estudo liderado por pesquisadores das universidades de Cambridge e Edimburgo analisou dados de 168 países. Entenda

Novo estudo liderado por pesquisadores das universidades de Cambridge e Edimburgo e publicado este mês na The Lancet concluiu que a atividade física previne cerca de 3,9 milhões de mortes precoces por ano em todo o mundo. Os pesquisadores da equipe analisaram dados publicados anteriormente para 168 países sobre o percentual da população que atende à recomendação global da Organização Mundial da Saúde (OMS) de pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada ao longo da semana, ou 75 minutos de exercícios de intensidade vigorosa ou uma combinação equivalente entre as duas intensidades, além de exercícios de força. Ao cruzar esses dados com as estimativas do risco de morte precoce entre pessoas ativas e pessoas inativas, os estudiosos foram capazes de fazer um cálculo da proporção de mortes prematuras que foram evitadas pela atividade física.

Com o estudo, foi possível descobrir que, a nível global, graças à atividade física, o número de mortes prematuras foi aproximadamente 15% menor do que teria sido, o equivalente a 3,9 milhões de vidas salvas ao ano. Embora os pesquisadores tenham encontrado uma grande variação nos níveis de atividade física entre os países, concluíram que ela contribui significativamente para a saúde das pessoas ao redor do mundo. Ainda de acordo com o levantamento, o número de vidas poupadas foi maior nos países com maior população de baixa renda: uma média de 18% das mortes prematuras foi evitada nesses países, enquanto nos de alta renda a porcentagem foi de 14%. Para entender a importância da atividade física para a saúde, o EU Atleta conversou com o médico do esporte e do exercício João Felipe França.

A diferença entre atividade física e exercício

As últimas diretrizes da Organização Mundial de Saúde apontam para os benefícios da atividade física de maneira geral e não apenas para exercícios. Portanto, é essencial levar uma vida mais ativa para melhorar a saúde. Mas, primeiramente, é necessário entender e distinguir os termos:

Atividade física é todo e qualquer movimento em que haja gasto energético. Como por exemplo, atividade sexual, subir e descer escadas, cuidar do jardim, brincar com crianças, varrer a casa, lavar roupa, lavar louça e arrumar a casa.

Exercício fisico é uma atividade física planejada, ritmada e repetitiva, com o objetivo de prolongar o gasto de energia. Como caminhar, correr, pedalar, nadar, remar e patinar.

De acordo com o doutor João Felipe França, do ponto de vista fisiológico, até mesmo níveis mínimos de atividade já ajudam a prevenir o surgimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como doenças cardiovasculares, metabólicas, neoplásicas e neurodegenerativas, assim como retardam as suas progressões e previnem recidivas (ou seja, o retorno da atividade de uma doença). A atividade faz com que o corpo humano gaste mais energia, estimulando ossos, músculos, articulações e todo o sistema cardiovascular e pulmonar, promovendo, assim, uma melhor oxigenação destes tecidos. Além disso, estimula a renovação celular, fortalece o sistema imunológico e melhora toda a cognição do sistema neurológico, com a produção de neurotransmissores de bem estar e satisfação.

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Inicialmente, portanto, deve-se evitar a qualquer custo um comportamento inativo ou sedentário. Após começar a levar uma vida mais ativa, a recomendação é sempre tentar melhorar mais e aumentar a frequência e intensidade, na medida do possível, e incluir exercícios na rotina. O médico ressalta que a atividade física de “média intensidade” varia muito de indivíduo para indivíduo.

– Por exemplo, caminhar pode ser muito leve para quem correr maratonas, assim como pode ser um exercício de alta intensidade para quem acabou de sair de uma internação hospitalar. Portanto, deve-se conhecer o próprio corpo e procurar sempre a ajuda de um especialista. O “teste da conversa” pode ser uma boa referência para avaliar a intensidade da atividade. Se você consegue fazer a atividade e consegue conversar ao mesmo tempo, pode-se classificar como média intensidade. Se a conversa fica entrecortada porque você precisa pegar fôlego no meio da frase, você pode considerar como atividade física de alta intensidade – ensina João Felipe França.

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Atividades físicas para cada faixa etária

Crianças e adolescentes de 5 a 17 anos: são recomendados pelo menos 60 minutos de atividade físicas aeróbicas por dia, além das atividades que envolvam habilidades especificas com bola, raquete, dentro da água. Além disso, também é recomendado variar as atividades disponíveis, como correr, pedalar e nadar.

Dos 18 aos 64 anos: pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada ao longo da semana, ou 75 minutos de exercícios de intensidade vigorosa ou uma combinação equivalente entre as duas intensidades. São recomendados exercícios de fortalecimento dos músculos para a preservação da massa muscular. Deve-se praticar de duas a três vezes por semana, de preferência trabalhando grandes grupos musculares.

A partir de 65 anos: mesma recomendação de tempo de exercícios dos adultos mais jovens, mas adaptadas às condições de cada idoso. deve-se optar por exercícios de flexibilidade, de coordenação motora, de equilíbrio, exercícios posturais e também respiratórios. É aconselhável praticar de duas a três vezes por semana.

Por: Letícia Spala, Para o EU Atleta — Rio de Janeiro

Fonte: João Felipe França, médico do esporte e do exercício

Organização Mundial da Saúde (OMS)

Transcrito: https://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/atividade-fisica-previne-quase-4-milhoes-de-mortes-precoces-por-ano.ghtml

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