NotíciasNutrição

Às vezes pula uma refeição? Veja como isso impacta seu corpo

Tomar café da manhã, almoçar e jantar faz parte da rotina de muita gente. Mas também é comum que alguns optem por pular refeições para emagrecer ou não consigam comer com regularidade por conta da correria do dia a dia.

As consequências de não comer ao corpo são várias. Uma pesquisa publicada na revista científica Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics apontou que, se a situação vira um hábito, há aumento do risco de mortalidade, principalmente em pessoas com mais de 40 anos.

A seguir, veja detalhes de como o organismo é afetado quando deixamos de comer com frequência.

Humor é afetado

Foto: Reprodução/Internet

Você já reparou que quando passa longos períodos sem comer fica mais irritado e sem paciência? Isso acontece porque há uma queda nos níveis de glicose (açúcar) no sangue.

A condição, que é conhecida como hipoglicemia, libera hormônios, como o cortisol, que está relacionado ao estresse e mau humor.

Diminui a energia

Os alimentos são como se fossem o combustível do corpo. Quando há restrição de nutrientes, é comum que surja a sensação de cansaço e falta de energia para realizar as atividades do cotidiano. Em alguns casos, há ainda sonolência e desânimo.

Conheça a nossa linha de produtos exibido no INSTAGRAM clique na imagem acima

Pode causar compulsão alimentar

Quem fica muito tempo sem comer pode sentir mais dificuldade de fazer escolhas saudáveis nas próximas refeições. É comum que na primeira oportunidade a pessoa consuma uma quantidade maior de alimentos e opte por itens com muito açúcar, gorduras e carboidratos em geral.

Além disso, pular as refeições aumenta o risco de transtornos alimentares para quem já tem tendência a desenvolver os problemas, como anorexia e compulsão alimentar.

Atrapalha a saciedade

Foto: Reprodução/Internet

Quando há restrições alimentares, é comum que ocorram alterações no mecanismo de saciedade do organismo. Geralmente, após longos períodos sem comer, aumenta-se o consumo de carboidratos e gorduras. O primeiro item promove a diminuição de estoques de glicogênio e da glicose, provocando a sensação de fome. Já as gorduras reduzem os níveis de leptina, o que pode aumentar a ingestão alimentar.

Portanto, geralmente, pular refeições contribui diretamente para o consumo maior de calorias e o ganho de peso.

Aumenta o risco de déficit nutricional

Dietas muito restritivas ou longos períodos sem se alimentar levam à deficiência de micronutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo. Fica mais difícil, por exemplo, consumir os nutrientes necessários do dia em apenas uma refeição.

Fracionar o consumo de alimentos garante o consumo de carboidratos de boa qualidade, fibras, vitaminas e minerais.

Conheça a nossa linha de produtos exibido no INSTAGRAM clique na imagem acima

Atrapalha a digestão

Ficar sem comer por muito tempo também pode afetar a digestão. O problema se intensifica em pessoas que sofrem com gastrite ou úlceras. Geralmente, pular refeições aumenta a quantidade dos ácidos estomacais, o que piora os sintomas das doenças.

Interfere no sono

Há quem opte por não jantar para consumir menos calorias antes de dormir e emagrecer, mas a atitude costuma atrapalhar a qualidade do sono. É comum que a pessoa durma com fome e tenha insônia ou dificuldade para dormir.

Além disso, há o risco de perder o controle durante a noite e ter vontade de “assaltar” a geladeira de madrugada, o que atrapalha o sono, já que vai dormir de barriga cheia.

Diminui a concentração

O cérebro precisa de glicose para funcionar adequadamente. Geralmente, o consumo de carboidratos, frutas, verduras e alimentos integrais contribuem com o funcionamento cerebral. Quem fica sem comer por muito tempo sente uma queda na concentração e na produtividade e o raciocínio se torna mais lento.

Reduz a expectativa de vida

Alguns estudos apontam que pular refeições, como o café da manhã, aumenta a probabilidade de mortes por doenças cardiovasculares, se compararmos com indivíduos que se alimentam regularmente. Já aqueles que excluem o almoço e/ou jantar têm maior risco de morte por todas as causas.

Os pesquisadores explicam que após o jejum é ingerida uma carga calórica maior de uma só vez. Com isso, o metabolismo fica desregulado, principalmente a quantidade de glicose, o que leva a uma deterioração metabólica do organismo.

E o jejum intermitente?

Foto: Reprodução/Internet

Uma prática bastante comum para quem deseja emagrecer é o jejum intermitente. De forma geral, o método intercala períodos a partir de várias horas (ou dias alternados) de jejum com a alimentação. O assunto é bastante controverso entre os especialistas: algumas pesquisas apontam que favorece a redução do peso a curto prazo, da pressão arterial, do hormônio grelina (que atua como um estimulador de apetite) e também contribui com diminuição do risco de doenças cardiovasculares.

No entanto, o jejum não é indicado para todo mundo e precisa ser realizado com o acompanhamento de um especialista, como nutricionista, endocrinologista e nutrólogo. Por promover a ideia de longos períodos sem se alimentar, a dieta restrita pode causar alterações de humor, fadiga e deficiência de micronutrientes.

A recomendação é que pessoas com diabetes, crianças e adolescentes, grávidas e lactantes, além de indivíduos com transtornos alimentares não devem realizar o jejum intermitente.

Por: Samantha Cerquetani

Colaboração para o VivaBem

Fontes: Rosany Piccolotto Carvalho, pesquisadora em nutrição metabólica e professora da UFAM (Universidade Federal do Amazonas)

Aline Rufino Gonçalves, nutricionista na Rede de Hospitais São Camilo

Priscila Moreira, nutricionista do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia

Transcrito: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2023/05/03/o-que-acontece-com-seu-corpo-quando-voce-pula-refeicoes.htm

Deixe uma resposta