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Arroz branco ou integral: veja calorias, índice glicêmico e mais

Conheça as diferenças nutricionais dos dois principais tipos de arroz e saiba como incluí-los em uma dieta saudável, seja para hipertrofia ou para emagrecimento

O arroz está na base da alimentação dos brasileiros e costuma motivar debates acalorados quando o assunto é alimentação saudável. Fonte principalmente de carboidrato, mas também de cálcio, magnésio e potássio, o arroz – seja branco e integral – pode ser incluído em dietas tanto para hipertrofia quanto para controle de peso. Embora haja diferenças entre os dois principais tipos, em termos de calorias e índice glicêmico, ambos são saudáveis.

Segundo estudo da Escola de Saúde Pública em Londres, no Reino Unido, publicado em 2016, o arroz é importante para o organismo, ajuda a prevenir doenças dos sistemas cardiovascular e digestivo e não contém glúten nem colesterol.

Arroz branco ou integral

Arroz branco ou integral: veja calorias, índice glicêmico e mais – Foto: (Reprodução/Internet)

Mas existe o melhor tipo entre branco e integral? A maior distinção é no processamento do cereal, o que interfere nos nutrientes. Há diferenças nutricionais entre eles, com o integral sendo mais benéfico para a saúde, mas isso não quer dizer que o branco não seja bom ou não possa ser consumido.

— Quando falamos em emagrecimento, falamos em déficit calórico. A cada 100g de arroz integral, há 111 calorias. Já na mesma quantidade de arroz branco, há 130 calorias. Considerando isso, o arroz integral se torna mais oportuno — exemplifica a nutricionista Noemy Israel, especializada em emagrecimento.

Entretanto, o nutricionista esportivo e funcional Renato Franca, salienta que quem não gosta do arroz integral não precisa cortar o branco.

— É possível consumir o arroz branco e não prejudicar os resultados, desde que se façam as combinações corretas — pontua o especialista.

Em relação à composição nutricional, como o arroz branco passa por processamento de remoção de casca, acaba perdendo parte dos nutrientes, como fibras e mineiras. Em compensação, o produto aumenta o prazo de validade. Já o integral não passa pelo processo de refinamento, o que o deixa com quantidade de fibras maior.

— É praticamente mais do que o dobro e, consequentemente, tem efeito positivo relacionado à saciedade e à microbiota intestinal — analisa o médico nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).

— Também existe uma quantidade maior de cálcio no arroz integral que corresponde ao dobro, com relação ao branco, respectivamente 10 mg e 21 mg — analisa o especialista.

A Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA) ajuda a entender melhor as diferenças entre o arroz branco e o arroz integral.

                                 Fonte: Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA)                                                                        

Resumindo, em termos de valor nutricional, o arroz integral leva vantagem sobre o arroz branco. Devido à presença do farelo e do germe, o integral é uma excelente fonte de fibras, que ajuda na digestão, promovendo a saciedade. Já o arroz branco, embora seja uma fonte de energia rápida, possui menos fibras e nutrientes. Ainda assim, é uma opção válida para ser consumida em moderação, principalmente se combinada com alimentos saudáveis em uma refeição equilibrada.

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Outros tipos de arroz

– Arroz negro: tem sabor mais forte do que os outros tipos, tendo boas quantidades de proteínas, fibras e potássio. Os grãos são finos e alongados;

– Arroz parboilizado: com sabor parecido ao do arroz branco, é cozido no vapor sob pressão antes de ser processado, fazendo com que os nutrientes da casca sejam transferidos para o interior do grão;

– Arroz vermelho: é rico em proteínas, ferro e fibras, além de conter compostos antioxidantes, como antocianinas. Ele costuma ser de grão longo, com tendência a ficar mais soltinho quando cozido;

– Arroz arbóreo: tem consistência mole e textura cremosa, podendo ser encontrado na versão integral ou refinada, sendo geralmente usado em risotos;

– Arroz basmati: possui grãos mais longos e finos, com sabor levemente doce e aroma agradável. É usado em muitos pratos da culinária indiana;
Arroz jasmim: usado bastante na culinária tailandesa, se destaca pelo aroma diferenciado. Para alguns, tem aroma de jasmim. Outros consideram que, ao ser frito, possui cheiro de pipoca e notas de nozes;

– Arroz cateto: por ter origem japônica, é um tipo de arroz que possui grão curto. Ele é mais glutinoso e traz características de absorção dos temperos e molhos.

O presidente da Abran ensina que, quanto menos industrializado for o arroz, menor é o índice glicêmico medida de quanto e quão rápido o alimento eleva os níveis de açúcar no sangue ao ser consumido.

— O arroz integral é o que possui menor índice glicêmico e é o mais recomendado, se comparado ao arroz branco, arbóreo, basmati, cateto, jasmim, parboilizado e vermelho explica o profissional.

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Hipertrofia e emagrecimento

É muito comum as pessoas pensarem que os carboidratos que cabem em uma dieta para emagrecimento ou hipertrofia muscular são apenas batata doce, arroz integral e aveia, por exemplo. Por isso, outros alimentos, como o arroz tradicional, acabam sendo deixados de lado.

Seja na versão que for, o arroz é o alimento principal na mesa dos brasileiros. Se não houver restrições alimentares, qualquer tipo de arroz pode ser consumido. O ideal, claro, é variar no preparo e alternar ao longo das refeições.

— Evite excesso de gordura e sal, cozinhe como preferir em relação à textura e coma de forma equilibrada aconselha Noemy.

Quando o arroz estiver inserido corretamente na dieta, além de não atrapalhar, ainda pode ajudar na obtenção dos resultados, segundo Renato.

— Independente do objetivo, não tem porque abandonar esse hábito da alimentação brasileira, exceto se quiser.

O presidente da Abran aconselha que o ideal é, sempre que possível, consumir o arroz junto de feijão, lentilhas, grão-de-bico ou leguminosas.

— As fibras e o baixo índice glicêmico presentes nesses alimentos favorecem para que a carga glicêmica não seja alta e, consequentemente, não interfira nas incursões de insulina no nosso organismo, o que é deletério a médio e longo prazos para nossa homeostase glicêmica — explica.

Quantidade ideal para consumo diário

Os carboidratos são muito importantes para o consumo em uma dieta saudável, seja para hipertrofia ou controle de peso, pois eles fornecem calorias e energia imediata. Dessa forma, o arroz ou qualquer outro carboidrato deve ser ingerido todos os dias.

— Em uma dieta média de 2 mil calorias por dia, em torno de 60% devem corresponder aos carboidratos (1.200 calorias). O restante são de proteínas e gorduras. Em um cálculo mais detalhado, se 1g de carboidrato possui 4 calorias, as 1200 calorias-dia correspondem a 300g. Desse volume, a quantidade que poderia ser recomendada, de ingesta de arroz, seria em torno de 5 colheres de sopa por dia calcula Durval.

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Por: Juliana Gomes, para o EU Atleta — Brasília

Fonte: Durval Ribas Filho é médico nutrólogo, fellow da The Obesity Society (TOS) e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).

Renato França é nutricionista esportivo e funcional e sócio-proprietário da Clínica de Nutrição Renato França (@nutricionistarenatofranca).

Noemy Israel é nutricionista com especialização em bariátrica e emagrecimento, além de atuar em atendimento de vegetarianos e veganos.

Transcrito: https://ge.globo.com/eu-atleta/nutricao/reportagem/2024/06/05/c-arroz-branco-ou-integral-veja-calorias-indice-glicemico.ghtml

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