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Aromatizante: o que é, para que serve e riscos do aditivo

Substâncias que conferem sabor ou aroma podem ser naturais, idênticas ao natural e artificiais; entenda em quais alimentos estão presentes

Os aromatizantes estão presentes em comidas e bebidas industrializadas, utilizados na fabricação para dar ou realçar o sabor e o aroma dos produtos. Eles podem ter malefícios para a saúde, embora ainda não haja estudos definitivos sobre isso. De qualquer maneira, a recomendação de especialistas é sempre preferir alimentos in natura.

Aromatizante: o que é

Aromatizantes são amplamente utilizados na indústria alimentícia, principalmente na fabricação de doces – Foto: (Reprodução/Internet)

Segundo definição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os aromatizantes são “substâncias ou misturas de substâncias com propriedades odoríferas e ou sápidas, capazes de conferir ou intensificar o aroma e/ou sabor dos alimentos”.

Eles podem ser classificados em naturais ou sintéticos, ou seja, com uma série de subdivisões.

Adicionado ao alimento ou à bebida durante a produção, o aromatizante é um aditivo químico utilizado com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais do produto, conferindo ou realçando aroma e/ou sabor. Assim, os produtos se tornam mais aceitáveis ao paladar humano.

Os aromatizantes naturais são “obtidos exclusivamente por métodos físicos, microbiológicos ou enzimáticos, a partir de matérias-primas aromatizantes naturais”, conforme a Anvisa. Entende-se por matérias-primas aromatizantes naturais, os produtos de origem animal ou vegetal aceitáveis para consumo humano. Eles podem ser subdivididos em óleos essenciais, extratos, bálsamos, oleoresinas ou oleogomaresinas ou substâncias aromatizantes naturais isoladas.

Apesar de serem naturais, os aromatizantes passam por processos químicos, de modo que não são 100% puros. Natural mesmo, só os alimentos in natura com os respectivos sabores e aromas.

Já os aromatizantes sintéticos são os “compostos quimicamente definidos obtidos por processos químicos”, segundo a Anvisa. Eles podem ser subclassificados em idênticos ao natural ou artificiais.

A Anvisa tem regulamentações de quais produtos químicos podem ser utilizados na produção dos aromatizantes, bem como as quantidades máximas, de acordo com a ingestão máxima diária permitida pela legislação brasileira.

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Quais alimentos têm aromatizante

Confira a seguir exemplos de tipos e subdivisões de aromatizantes e os produtos nos quais podem ser contidos. É sempre bom ler os rótulos com atenção.

Quais alimentos têm aromatizante

Confira a seguir exemplos de tipos e subdivisões de aromatizantes e os produtos nos quais podem ser contidos. É sempre bom ler os rótulos com atenção.

– Óleos essenciais: de menta, limão, laranja, baunilha, canela. Podem ser encontrados em alimentos como balas, chicletes, biscoitos, sorvetes, bolos, produtos lácteos, sucos de frutas e molhos, entre outros;

– Extratos: de baunilha, limão, laranja, amêndoa, coco. Podem ser encontrados em sorvetes, bolos, confeitos, barras de cereais, sucos de frutas e molhos, entre outros produtos;

Bálsamo de tolu, presente em xaropes, licores, confeitos, balas. Oleoresina de pimenta, encontrado em molhos de pimenta, condimentos, carnes processadas, salgadinhos, sopas. Oleogomaresina de alecrim, contida em carnes processadas, molhos, temperos.

– Substâncias aromatizantes naturais isoladas: vanilina, citral, limoneno, mentol, linalol. Podem aparecer em sorvetes, bolos, biscoitos, bebidas cítricas, refrigerantes, balas, chicletes e produtos lácteos, de panificação e confeitaria, entre outros produtos;

– Idênticos ao natural, que reproduzem o sabor e/ou o aroma de baunilha, hortelã, limão, laranja, entre outros. Podem ser encontrados em sorvetes, bolos, biscoitos, produtos de panificação, balas, refrigerantes, sucos, molhos, condimentos, entre outros.

– Artificiais: butanoato de etila, metanoato de etila, etanoato de butila, antranilato de metila, cetato de isoamila, butirato de etila. Presente em bolos, biscoitos, sorvetes, chocolates, balas, licores, bebidas aromatizadas, produtos laticínios, entre outros produtos.

Informações sobre o uso de aromatizantes devem constar nos rótulos da seguinte maneira:

Foto: (Reprodução/Internet)

– Natural: Contém aromatizante / Sabor…

– Idêntico ao natural: Contém aromatizante sintético idêntico ao natural / Sabor…

– Artificial: Aromatizado artificialmente / Sabor artificial de…

Aromatizante: quais os riscos

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Segundo o Painel sobre Aditivos Alimentares, produzido pela Anvisa, os extratos de baunilha, a vanilina e outras substâncias que reproduzem o aroma dessa especiaria são os principais aromatizantes utilizados na indústria brasileira. Porém, por possuírem uma composição química bastante complexa, esses aditivos acabam gerando grande dúvida nos consumidores.

— Os aromatizantes em geral são considerados a classe de aditivos alimentares menos estudada do ponto de vista toxicológico. Pesquisadores alertam que a utilização de aromatizantes, com ênfases aos artificiais, suscita uma série de dúvidas quanto a sua toxicidade. Já se sabe que a exposição prolongada a estes aditivos sintéticos desencadeiam hiperatividade em crianças, diminuição significativa na concentração de hemoglobina, alterações drásticas no funcionamento do fígado, perda de peso, alergias, hipersensibilidade cutânea e má digestão em adultos, podendo gerar uma toxicidade crônica ao trato digestório se utilizados a longo prazo — explica a nutróloga Paola Andrade.

— Por essas razões, torna-se de extrema importância a vigilância em relação à utilização exacerbada de produtos industrializados na rotina de alimentação, tanto de adultos quanto em crianças. Quanto mais próximo a nossa alimentação for de produtos in natura, mais benefícios teremos em relação aos nutrientes e ao equilíbrio do nosso organismo.

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Por: Nalu Dias, para o EU Atleta — São Paulo

Fonte: Paola Andrade é médica atuante em nutrologia do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais). É pós-graduada em Nutrologia e especialista em emagrecimento, performance esportiva e envelhecimento saudável.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

Transcrito: https://ge.globo.com/eu-atleta/nutricao/guia/2024/06/19/c-aromatizante-o-que-e-para-que-serve-e-riscos-do-aditivo.ghtml

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