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Aprenda a diferenciar sintomas do coronavírus, gripe, resfriado e alergia

Ficou doente? Descubra a diferença entre as principais enfermidades do outono e evite ir ao hospital desnecessariamente

A chegada do outono/inverno marca o aparecimento de enfermidades respiratórias como gripes, resfriados e alergias. Afinal, as temperaturas ficam mais baixas e o tempo bem mais seco. E com a pandemia de COVID-19 este ano, fica mais difícil identificar essas doenças e até diferenciá-las dos reais sintomas do coronavírus.

Saber analisar o que você realmente está sentindo é muito importante para evitar idas desnecessárias ao hospital e até uma sobrecarga no sistema de saúde. Sem contar que, se percebidos rapidamente, você evita que os sinais se agravem e pode fazer o tratamento adequado para seu caso. Saiba mais:

1. Qual a diferença entre gripe e resfriado?

Resfriado: contagioso durante os primeiros 3 dias, é mais leve, dura menos tempo e não costuma causar febre, exceto em crianças. Os principais sintomas são coriza, tosse seca, espirros, dor na garganta e indisposição, e costuma durar de 5 a 7 dias, porém alguns sintomas podem perdurar por duas semanas. “Dificilmente evolui para um quadro mais grave”, diz Horácio Cardoso Salles, pneumologista e gerente da área de Medicina Ambulatorial do Seconci-SP (Serviço Social da Construção).

Gripe: causa febre, normalmente acima de 38ºC, principalmente nas crianças e deixa a pessoa prostrada, com dor de cabeça, dores pelo corpo, mal estar e perda o apetite. Pode durar duas semanas, mas o período de contágio, em geral, perdura por 1 a 2 dias após o final da febre. É causada pelo vírus Influenza e pode evoluir para pneumonia. “Em qualquer um dos casos, a hidratação é muito importante, já que a água contribui para fluidificar as secreções e tem função expectorante”, recomenda Salles.

2. Como evitar gripes e resfriados?

O resfriado e a gripe são causados por vírus altamente contagiosos. “Cultivar hábitos simples de higiene, como lavar as mãos com frequência e usar álcool-gel, evitar ambientes com pouca circulação de ar e muita concentração de pessoas são atitudes eficientes para a prevenção de ambas”, garante o especialista. Do mesmo modo, é importante evitar o contato próximo com enfermos, mantendo uma distância de pelo menos dois metros. A vacina, no caso da gripe, é a melhor forma de prevenção.

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3. Muitos dizem que nunca tiveram gripe e depois da vacina começaram a ter frequentemente. Isso pode acontecer?

De acordo com Salles, trata-se de um mito. Aproximadamente 10% dos subtipos do vírus Influenza não são cobertos pelas vacinas, por isso alguns pacientes, mesmo sendo imunizados, podem pegar gripe. “É comum as pessoas apresentarem resfriados e acabarem confundindo com gripe”, explica.

4. Quais os principais problemas alérgicos que surgem durante o inverno?

São as doenças como amidalite, asma, bronquite, faringite, meningite e sinusite, além das alergias de pele, chamadas de dermatite tópica, que ocorrem com muito mais frequência devido ao tempo seco

5. Quais os principais agentes causadores de alergias no inverno?

Os ácaros (presentes no pó ou poeira) e os pelos e penas de animais são os principais causadores do problema. Ao entrarem no sistema respiratório ou em contato com os olhos ou outra mucosa podem desencadear a hipersensibilidade. O pneumologista recomenda evitar tapetes e cortinas em casa, além de utilizar panos úmidos para a limpeza dos ambientes, uma vez que vassoura e espanador levantam pó. Outra dica é lavar as roupas guardadas há muito tempo antes de colocá-las em uso.

6. Quais os principais sintomas do coronavírus e quando procurar ajuda médica?

De acordo com o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), a COVID-19 é uma doença respiratória nova que foi identificada pela primeira vez em Wuhan, na China. Os sintomas do coronavírus mais comuns são febre, cansaço e tosse seca. Já os considerados mais graves são febre alta e dificuldade de respirar. “Alguns pacientes podem ter dores, congestão nasal, corrimento nasal, dor de garganta ou diarreia. Esses sintomas geralmente são leves e começam gradualmente”, afirma o relatório.

Como existem pouquíssimos estudos a respeito da enfermidade, outros problemas também podem ser sinais da doença, mas a ciência ainda não conseguiu comprovar a relação. É o caso da perda de olfato e paladar, bem como tonturas e dores de cabeça.

Em todo caso, o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) recomendam que só deve ir ao hospital quem estiver se sentindo muito mal, com os sintomas mais graves (febre alta e dificuldade para respirar).

7. Como evitar o contágio do coronavírus?

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Faça seu Pedido 99 98820  – 4792De acordo com a OMS:

> Lave as mãos com água e sabão ou higienizador à base de álcool, para matar vírus que podem estar nas suas mãos;

> Mantenha pelo menos 1 metro de distância entre você e qualquer pessoa que esteja tossindo ou espirrando. Quando alguém tosse ou espirra, pulveriza pequenas gotas líquidas do nariz ou da boca, que podem conter vírus. Se você estiver muito próximo, poderá inspirar as gotículas – inclusive do vírus da COVID-19 se a pessoa que tossir tiver a doença;

> Evite tocar nos olhos, nariz e boca. As mãos tocam muitas superfícies e podem ser infectadas por vírus. Uma vez contaminadas, as mãos podem transferir o vírus para os olhos, nariz ou boca. A partir daí, o vírus pode entrar no corpo da pessoa e deixá-la doente;

> Certifique-se de que você e as pessoas ao seu redor seguem uma boa higiene respiratória. Isso significa cobrir a boca e o nariz com a parte interna do cotovelo ou lenço quando tossir ou espirrar (em seguida, descarte o lenço usado imediatamente). Gotículas espalham vírus. Ao seguir uma boa higiene respiratória, você protege as pessoas ao seu redor contra vírus responsáveis por resfriado, gripe e COVID-19;

> Fique em casa se não se sentir bem. Siga as instruções da sua autoridade sanitária nacional ou local, porque elas sempre terão as informações mais atualizadas sobre a situação em sua área;

> Pessoas doentes devem adiar ou evitar viajar para as áreas afetadas por coronavírus. Áreas afetadas são países, áreas, províncias ou cidades onde há transmissão contínua – não áreas com apenas casos importados;

> Os viajantes que retornam das áreas afetadas devem monitorar seus sintomas por 14 dias e seguir os protocolos nacionais dos países receptores; e se ocorrerem sintomas, devem entrar em contato com um médico e informar sobre o histórico de viagem e os sintomas.

Por: Mariana Amorim (colaboradora)

Fonte: Horácio Cardoso Salles, pneumologista e gerente da área de Medicina Ambulatorial do Seconci-SP (Serviço Social da Construção)

Organização Mundial da Saúde (OMS)

Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI)

Transcrito: https://boaforma.abril.com.br/saude/gripe-resfriado-ou-alergia-saiba-identificar-os-sintomas/

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