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Anvisa dá prazo para indústria banir gordura trans dos alimentos até 2023

Organização Mundial da Saúde calcula que 500 mil pessoas morrem por ano em todo o mundo por causa das consequências do uso da gordura trans.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária marcou uma data para banir a gordura trans dos alimentos industrializados no Brasil.

A oficial de justiça Adriana Toledo está sempre de olho na alimentação da família e acha que a decisão vai ajudá-la nas compras.

“Seria maravilhoso porque a gente poderia não ficar preocupado: será que tem, será que não tem a gordura trans”.

A gordura trans está presente em produtos de quase todas as prateleiras dos mercados: biscoitos, bolos, massas instantâneas, chocolates, pipoca de micro-ondas, sorvetes, pratos congelados, margarinas, uma opção nada saudável para melhorar o aspecto desses produtos e conservá-los por mais tempo.

Foto: Reprodução/shutterstock

Do mercado para a casa da dona Maria Barbosa, a gordura trans está no macarrão e nos biscoitos recheados.

“Minhas netinhas pedem, aí a gente faz para agradar”.

No rótulo dos produtos, a gordura trans pode ganhar outros três nomes: gordura vegetal, gordura hidrogenada, ou gordura parcialmente hidrogenada.

A Agência Nacional de Vigilância decidiu que a eliminação da gordura trans nos alimentos industrializados será feita gradualmente.

Primeiro, os fabricantes terão que reduzir a gordura trans a até 2% sobre a quantidade total de gorduras do alimento. A partir de 1º de julho de 2021, só os produtos dentro desse limite é que poderão ser vendidos. Por fim, a eliminação total prevista para 1º de janeiro de 2023.

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Os alimentos importados também terão que seguir essas regras.

“A população ainda consome muito esses produtos. A gente observa também que muitas vezes a gordura trans é um ingrediente que ajuda a reduzir os custos dos alimentos, acaba reduzindo preço. Então, populações de baixa renda acabam consumindo bastante esses produtos também”, disse Thalita Lima, gerente-geral de alimentos da Anvisa.

A Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação diz que apoia as novas regras da Anvisa e que já vem buscando substituir a gordura trans.

“A indústria de alimentos no Brasil vem se mobilizando, seja com reformulação de produtos, seja com novas tecnologias na substituição da gordura trans dos produtos hoje disponíveis ao consumidor brasileiro desde 2008. Uma prova disso é o acordo voluntário de retirada de gordura trans de produtos firmado entre a associação e o Ministério da Saúde que, até o momento, já retirou do mercado cerca de 310 mil toneladas de gorduras trans”, disse o diretor da associação, Alexandre Novachi.

Foto: Reprodução/Internet

A Organização Mundial da Saúde calcula que 500 mil pessoas morrem por ano em todo o mundo por causa das consequências do uso da gordura trans. Países como Estados Unidos, Argentina, Chile, África do Sul e parte da Europa já restringem a substância.

“O que a gente mais associa é essa questão da gordura trans com doenças cardiovasculares, porque ela tem uma característica já bem conhecida de aumentar as taxas daquele colesterol que faz o processo mais de obstrução, que a gente chamava antigamente de mau colesterol, e diminuindo também as taxas daquele colesterol que tem efeito mais protetor, que seria o HDL ou o bom colesterol”, explicou a nutricionista Fernanda Padovani.

Por: Jornal Nacional

Fonte: Fernanda Padovani, nutricionista

Organização Mundial da Saúde

Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Thalita Lima, gerente-geral de alimentos da Anvisa.

Transcrito: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2019/12/17/anvisa-da-prazo-para-industria-banir-gordura-trans-dos-alimentos-ate-2023.ghtml

 

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