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Altura impacta na longevidade, diz estudo

Mulheres com mais de 1,79 metro que conseguem manter o peso estão 31% mais propensas a viver até os 90 anos, indica estudo

Mulheres acima de 1,79 metro que conseguem manter o peso adequado ao longo da vida estão 31% mais propensas a viver até os 90 anos, indica estudo publicado no Journal of Epidemiology & Community Health. Os resultados também indicaram que a atividade física pode interferir na expectativa de vida: exercitar-se por sessenta minutos diários aumenta a probabilidade de chegar aos 90 anos em até 21%; no entanto, passar desse tempo não traz benefícios adicionais, pelo menos para as mulheres.

No caso do sexo masculino, altura e peso não parecem influenciar na longevidade, mas o tempo de exercício físico, sim. Os pesquisadores afirmam que homens que dedicam pelo menos noventa minutos por dia a alguma atividade física estão 39% mais propensos a viver até os 90 anos. E isso não é tudo: a cada trinta minutos a mais se exercitando, há um acréscimo de 5% de chance de atingir essa idade.

“Embora a atividade física esteja ligada a maior longevidade em ambos os sexos, parece que quanto mais tempo os homens passam fisicamente ativos por dia, maiores são as chances de chegar à velhice, enquanto que sessenta minutos por dia são suficientes para as mulheres”, escreveram os cientistas. Apesar dos benefícios da atividade física, principalmente para o sexo masculino, a pesquisa revelou que, entre os participantes, as mulheres ainda parecem viver mais: 34,4% sobreviveram até os 90 anos de idade em comparação com 16,7% dos homens.

O estudo

Para chegar a essas descobertas, os pesquisadores da Maastricht University Medical Centre, na Holanda, analisaram 7807 participantes (homens e mulheres) entre 55 e 69 anos. Os voluntários responderam a questionários sobre altura e peso atuais e o peso que tinham aos 20 anos. Eles também informaram sobre a modalidade de atividade física que praticavam, incluindo caminhada, jardinagem, tarefas domésticas, hábito de andar de bicicleta para o trabalho ou por lazer e prática esportiva. Já a duração dos exercícios foi classificada em três grupos: menos de trinta minutos diários, de trinta a sessenta minutos e noventa minutos ou mais por dia.

Os participantes foram acompanhados desde 1986 até o momento da morte ou até atingirem 90 anos – dos mais de 7.000 voluntários, 433 homens e 994 mulheres atingiram a idade estipulada. Antes de determinar como peso, altura e atividade física interferiram na longevidade, a equipe considerou fatores de risco como tabagismo e consumo de álcool (atual e/ou passado).

Peso, altura e atividade física

 

A análise mostrou que, para mulheres, peso e altura são fatores importantes para o aumento na expectativa de vida. A pesquisa revelou, por exemplo, que quando o índice de massa corporal (IMC) cresce cerca de 8 pontos desde os 20 anos de idade, as mulheres perdem um quinto da probabilidade de chegar aos 90 anos em comparação com aquelas em que a alteração foi de no máximo 4 pontos. Já mulheres acima de 1,79 metro tem mais chances de viver até os 90 em comparação com aquelas que tinham menos de 1,60 metro.

á a atividade física, conhecida por seus inúmeros benefícios para a saúde geral, deve ser feita por apenas sessenta minutos diários para garantir a longevidade; no caso dos homens, ela é mais significativa, especialmente quando feitas durante mais de uma hora e meia por dia. “Os resultados fornecem dicas interessantes de que a saúde masculina e feminina pode responder de maneira diferente ao IMC, altura e exercício”, comentou David Carslake, da Universidade de Bristol, no Reino Unido, à CNN.

Apesar dos achados, os cientistas não sabem explicar por que existe uma diferença de gênero no impacto do exercício na longevidade – mas eles acreditam que esteja relacionado a fatores como hormônios, parto, genes e estilo de vida.

Por: Redação Veja

Fonte: pesquisadores da Maastricht University Medical Centre, na Holanda

David Carslake, da Universidade de Bristol, no Reino Unido

Transcrito: https://veja.abril.com.br/saude/altura-impacta-na-longevidade-aponta-estudo/

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