Alimentação é peça importante no tratamento para depressão e ansiedade

Danilo Hits 19 de setembro de 202418 de setembro de 2024 0 Comments

Especialista explica importância da alimentação para tratamento de doenças

Depressão e ansiedade comprometem o estado físico e mental. Além da genética e fatores neuroendócrinos, o estilo de vida também pode ser desencadeador.

O tratamento para depressão envolve psicoterapia, medicamentos, prática regular de exercício físico, controle da qualidade do sono e alimentação.

Hábitos nocivos – estilo de vida desordenado têm correlação com depressão e crises de ansiedade:

– Má qualidade alimentar: consumo excessivo de alimentos refinados e ultraprocessados, monotonia alimentar, alta ingestão de fritura

Frutas, legumes, gengibre, sementes, oleaginosas: alimentos que fazem parte de uma alimentação saudável – Foto: (Reprodução/Internet)

– Sedentarismo

– Consumo excessivo de bebida alcoólica

– Má qualidade do sono

– Tabagismo

– A nutrição tem um papel na prevenção e no tratamento de distúrbios de saúde comportamentais. A má qualidade da dieta leva à ingestão desequilibrada de nutrientes sendo um fator de risco para o desenvolvimento dessas doenças. Padrões alimentares saudáveis estão associados a menos sintomas depressivos

– Estudo de Kris-Etherton e colaboradores (2021), mostra que a dieta é um fator de risco modificável para depressão, melhora na qualidade da dieta pode prevenir e tratar transtornos depressivos. O aumento de transtornos depressivos nas últimas décadas é paralelo a um declínio em comportamentos de estilo de vida saudável, incluindo pior qualidade da dieta.

– Alguns nutrientes são necessários para a produção de neurotransmissores como serotonina, dopamina e norepinefrina, que estão envolvidos na regulação do humor, apetite e cognição

– Os micronutrientes associados à saúde mental são vitaminas do complexo B como ácido fólico, vitamina B6 e vitamina B12; vitamina D; Zinco e magnésio.

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Nutrientes presente nos alimentos:

1. Piridoxina ou B6: banana, arroz integral, feijão, batata, salmão, lentilha, aveia, abacate, nozes.

2. Ácido fólico ou B9: folhas de cor verde escuro, feijão branco, laranja, aspargo, couve de Bruxelas, maçã, soja e abacate

3. Vitamina B12 ou cianocobalamina: Carne vermelha, Carne de porco, Peixes, Ostras, Gema de ovo, Leite e derivados

4.Vitamina D, sintetizada na pele através da exposição ao sol. Peixes gordos (salmão, atum, sardinha e cavala), Gema de ovo, Óleo de fígado de bacalhau e suplementos

5. Magnésio: banana, arroz integral, batata, salmão, lentilha, aveia, abacate, nozes.

6. Zinco: Mariscos, ostras, carnes vermelhas, fígado, miúdos, ovo, nozes, leite e leguminosas.

7. Ômega 3: encontrado em grande concentração em peixes de águas frias e profundas, como sardinha, salmão, atum, trutas, arenque, abacate, chia, linhaça, oleaginosas (castanha, nozes, pistache)

8. Aminoácido triptofano: aminoácido precursor da serotonina. Principais fontes: leite, banana, aveia, arroz integral, abóbora, carne de boi/peixe/ave e chocolate

Padrão alimentar de qualidade tem impacto positivo na prevenção e tratamento de doenças mentais:

Foto: (Reprodução/Internet)

– Dieta no padrão Mediterrâneo e Plant based possuem maior qualidade de nutrientes

– Evite ingestão de açúcares adicionados e carboidratos refinados. Prefira cereais integrais

– Aumente o consumo de frutas, verduras e legumes.

– Utilize proteínas “magras” e aumente o consumo de peixes

– Dieta colorida e variada para maior diversidade de nutrientes

Penny M Kris-Etherton et al. Nutrition and behavioral health disorders: depression and anxiety. Nutr Rev. 2021 Mar; v.79, n.3, p. 247–260.

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Por: Cris Perroni

Fonte: Cris Perroni, Nutricionista formada pela UFRJ, pós-graduada em obesidade e emagrecimento, com especialização em nutrição clínica e em nutrição esportiva