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Afinal, o que é a gula?

O ato de comer, apesar de estar satisfeito, pode estar atrelado a problemas emocionais

Você está em um restaurante, o prato principal é servido e é maravilhoso. Assim que você dá a última garfada e repousa o talher na mesa, você sabe que está satisfeita – na verdade, cheia – mas mesmo assim, quando te perguntam se você quer uma sobremesa, diz sim. Afinal, sempre tem um espacinho a mais, certo?

De acordo com Vanessa Gebrim, psicóloga, a gula reflete a falta de domínio próprio e autocontrole e pode estar atrelada a questões emocionais. “Não depende da pessoa estar satisfeita ou não,é uma forma compulsiva de se alimentar, ela se manifesta como vontade de comer mesmo se a pessoa estiver satisfeita”.

A nutricionista e professora Danielle Alice Vieira alerta que comer além da necessidade traz prejuízos nos mecanismos de fome e saciedade. “Em outras palavras, seu cérebro terá dificuldade em parar na hora certa e ficará condicionado a sempre querer mais e mais, o que favorecerá o ganho de peso”, ressalta. Esse problema pode desenvolver problemas de saúde – como a obesidade e aumento de colesterol – que podem levar a desenvolver problemas respiratórios e cardíacos.

Foto: Reprodução/Internet

Mas, para saber como lidar com a gula, é preciso entender o que é a fome e a saciedade. Bruna Nogueira, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI), explica.

– Fome física

Está ligada a necessidade fisiológica de comer e não está relacionada a alimentos específicos, mas sim aos sinais físicos como fome que cresce aos poucos, estômago roncando.

– Fome específica

É o desejo de comer algum alimento específico. “É necessária atenção para esse tipo de fome para que não se torne um hábito”, alerta a especialista.

– Fome emocional

É a vontade de comer como forma de compensação de alguma situação e/ou emoção. Não se relaciona com sinais físicos de fome.

E o que é a saciedade? Ainda de acordo com Bruna, é a sensação de estômago cheio e tranquilidade, sem nenhum tipo de desconforto associado. “Pode estar relacionada ao momento de parar de comer e seus sinais aparecem já quando os nutrientes são absorvidos em nosso corpo. Prestar atenção ao comer ajuda a identificar os indícios de saciedade”.

COMO TRATAR A GULA?

A gula está, muitas vezes, podem ter relação com as emoções e sentimentos negativos na vida de cada um. Roberto Lopes, professor do curso de Psicologia da Unit Alagoas, diz que muitas pessoas que possuem essa dificuldade em controlar a vontade desenfreada de comer devem procurar um especialista. “Quando qualquer situação afeta as outras áreas de sua vida, o próprio corpo, há necessidade de ajuda psicológica e medicamentosa”.

Bruna Nogueira também reforça a importância de deixar os problemas de lado antes de comer e realmente comer coisas que você gosta (nada de insistir naquela receita fit que você detesta apenas por ser “saudável” viu?) pois quanto mais prazer você sentir em comer, melhor será sua relação com a comida. “Quando estamos em sintonia com o nosso próprio corpo, conseguimos diferenciar o que é uma vontade. Tudo pode ser consumido, desde em equilíbrio. Então, se permita com consciência!” finaliza.

Por: Amanda Ventorin

Fonte: Vanessa Gebrim, psicóloga

Danielle Alice Vieira, nutricionista e professora

Bruna Nogueira, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI),

Roberto Lopes, professor do curso de Psicologia da Unit Alagoas

Transcrito: https://boaforma.abril.com.br/equilibrio/afinal-o-que-e-a-gula/

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