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A importância da qualidade e distribuição de proteínas ao longo do dia

A análise dos tipos de aminoácidos presentes em sua composição também é fundamental na montagem de um plano nutricional

A RDA (Recommended Dietary Allowances) ou, no Brasil, IDR (Ingestão Diária Recomendada) é a quantidade de um nutriente que deve ser consumido diariamente para atender às necessidades nutricionais da maior parte dos indivíduos saudáveis. Porém, atualmente já se discute no mundo todo se a IDR para a proteína atende de fato a essa necessidade nutricional, para que se consiga realmente otimizar a manutenção da saúde. No caso da proteína, apesar de a IDR ser suficiente para evitar déficits óbvios, hoje sabemos que muitas pessoas se beneficiariam de um consumo mínimo diário acima da IDR de 0,8g/Kg de peso/dia. Além disso, diversas pesquisas apontam também que a qualidade e a forma de distribuição de seu consumo ao longo do dia podem desempenhar papel importante para otimizar sua absorção e utilização.

Outro fator importante a ser considerado é que a necessidade diária de proteínas deve levar em conta as necessidades diárias dos aminoácidos nela presentes, em especial os nove considerados essenciais, como por exemplo a leucina, cuja IDR de 42 mg/Kg de peso/dia está muito aquém dos 100-110 mg/Kg de peso/dia necessários para otimizar a regulação do metabolismo e a síntese proteica, conforme apontam pesquisas mais recentes.

 Alimentos fontes de proteínas -Foto: Internet

Outras pesquisas apontam também que otimizar a ingestão de proteína, além de ajudar a prevenir a sarcopenia (perda de massa muscular decorrente do processo de envelhecimento), também pode auxiliar no controle da diabetes tipo 2. Apesar de não haver um consenso na literatura científica sobre qual seria uma proporção carboidrato/proteína mais adequada para auxiliar no controle da glicemia (açúcar no sangue), muitos estudos apontam para uma possível vantagem que uma refeição com maior aporte de proteínas teria sobre o controle glicêmico pós-refeição.

De acordo com uma revisão publicada recentemente sobre a otimização do consumo de proteínas para indivíduos adultos em diversas condições de saúde, conclui-se que definir a quantidade ideal de proteína a fim de se potencializar a saúde é muito mais do que simplesmente determinar um percentual diário com base consumo calórico total (como determinado por muitas associações médicas). Conseguir uma ingestão adequada de proteínas depende muito mais de uma decisão feita refeição-a-refeição que leve em consideração a distribuição do consumo ao longo do dia e, principalmente, o perfil de aminoácidos (qualidade) da proteína ofertada.

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Para exemplificar, os autores concluem a revisão citando que estudos mostram que refeições contendo mais do que 30 g de uma proteína de alta qualidade (contendo no mínimo 2,5 g do aminoácido essencial leucina) é capaz de potencializar a saúde muscular de adultos mais velhos, sendo fundamental para o combate da sarcopenia.

Por: Turibio Barros e Gerseli Angeli

Fonte: Turibio Barros e Gerseli Angeli, Mestres e doutores em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP-EPM

Transcrito: https://globoesporte.globo.com/eu-atleta/nutricao/post/2020/09/01/a-importancia-da-qualidade-e-distribuicao-de-proteinas-ao-longo-do-dia.ghtml

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