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7 efeitos da depressão na saúde física

Considerada um transtorno de humor, a depressão atinge hoje cerca de 350 milhões de pessoas no mundo todo. Saiba quais efeitos a doença tem na saúde física e que devem ser investigados para o diagnóstico

Considerada um transtorno de humor, a depressão atinge hoje cerca de 350 milhões de pessoas no mundo todo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, estudos como o da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) mostram que a doença atinge 5,5 milhões de brasileiros.

Embora a tristeza seja o sintoma mais relacionado à depressão, seu impacto vai muito além de disso. “A depressão altera diversos sistemas do organismo, causando sintomas muitas vezes incapacitantes, principalmente quando não há diagnóstico e tratamento adequados. É importante entender que muitas vezes os sintomas físicos antecedem os sintomas mentais ou ainda podem acontecer simultaneamente”, explica a psicóloga Ghina Machado, de São Paulo.

Abaixo, a profissional indicou 7 efeitos da depressão na saúde física, que devem ser investigados para o diagnóstico.

1. Insônia

A insônia é um dos critérios diagnósticos da depressão. A dificuldade para dormir, alterações na continuidade do sono, despertar precoce, sono leve, interrompido ou agitado são características da insônia relacionada à depressão. Estima-se que cerca de 90% dos pacientes com depressão apresentam alterações no sono. Embora a insônia seja mais comum, há também casos em que há sonolência excessiva.

2. Perda ou ganho de peso

A falta de apetite é uma alteração muito comum na depressão. A pessoa não consegue se alimentar e acaba perdendo peso. Porém, também há casos de ganho de peso quando o paciente aumenta a ingestão de alimentos ricos em carboidratos e açúcar, por exemplo.

3. Dores

Estima-se que 60% dos casos de depressão estão relacionados a sintomas orgânicos, entre eles a dor. As dores podem aparecer muito antes do diagnóstico da depressão. Isso porque os circuitos ativados pela doença estão ligados às regiões do sistema nervoso que comandam o funcionamento dos órgãos. A causa está ligada aos neurotransmissores serotonina, noradrenalina e dopamina que na depressão não funcionam como deveriam. Além de regularem o humor, essas substâncias participam do processo de inibição da dor e sensação de prazer. As dores mais comuns são de cabeça, musculares e gastrintestinais.

4. Constrição dos vasos sanguíneos

A depressão leva a um “desgaste” do organismo, causando reações inflamatórias devido à elevação dos níveis do cortisol, hormônio secretado em maior volume quando há estresse. Essa inflamação gera a diminuição do calibre dos vasos sanguíneos, aumentando assim o risco de um infarto ou AVC, além de elevar a chance de desenvolver pressão alta e trombose.

5. Queda da imunidade

A depressão induz o organismo a produzir substâncias chamadas citocinas pró-inflamatórias, que afetam o bom funcionamento do sistema imunológico. Com isso, há maior risco de contrair doenças como gripes, resfriados e herpes, por exemplo.

6. Perda da libido

A depressão causa queda do desejo sexual. Além disso, a doença afeta a produção e a liberação dos hormônios sexuais, fundamentais para ter uma vida sexual ativa.

7. Fadiga (cansaço)

É muito difícil diferenciar a depressão da fadiga. Se não há nenhuma questão médica envolvida, é bem provável que seja um sintoma da depressão.

Por:Ana Paula Ferreira

Fonte:Ghina Machado,psicóloga de São Paulo

Transcrito:http://corpoacorpo.uol.com.br/blogs/mulher-de-corpo/7-efeitos-da-depressao-na-saude-fisica/11385

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